Caio
Estava em casa terminando o dever da faculdade para poder ir para oração mais tarde. Tentei falar com a Olivia e não conseguia, estava preocupado com ela. Desde que o pai dela morreu, Olivia tem andando meio confusa e perdida, por mais que não falasse ela é tão expressiva que consegue demonstrar isso naturalmente.
Eu criei um carinho muito grande pela Olivia desde da primeira vez que nos conhecemos pessoalmente. Costumo dizer que conheço ela muito antes disso, já que a minha irmã sempre falava dela e eu tinha curiosidade de saber quem era a Olivia e realmente, ela é um pessoa incrível.
Ela sempre me surpreende cada vez mais. Naquele dia que ela me tirou da minha zona de conforto e conversou comigo e eu contei tudo o que sentia desde criança, algo que nem minha mãe e minha irmã sabiam, eu disse para ela, nossa amizade cresceu ainda mais.
Posso te dizer que a Olivia é a minha melhor a..
- Caio. - Saio dos meus pensamentos quando vejo meu pai abrindo a porta do meu quarto. Já me sento direito, porque sei que quando ele vem assim é bronca. - Podemos conversar?. - Ele pergunta entrando.
- Pai se for bronca não dá, ainda tenho muito coisa da faculdade para adiantar. - Falo voltando atenção no meu notebook.
- Não é bronca eu... queria te pedir desculpas. - Ele diz e eu paro tudo o que estava fazendo e olho pra ele que estava com a mão no bolso me olhando. - Eu não fui um bom pai. Quando você disse que queria ser médico e não um empresário, o mundo que eu criei para você foi se desmoronando. Fiquei tão frustrado que comecei a machucar você, porque eu não queria que você fosse um médico, queria que você fosse aquele Caio que eu sempre criei desde quando você era uma criança. Fiz com você, como meu pai fez comigo, meu pai me obrigou a ser um empresário, me colocou nos melhores Colégio, nos melhores cursos, nas melhores faculdades. Porque ele queria que eu fosse alguém que ele não foi e como eu não consegui dizer não, é ser um decepção para ele, eu me tornei alguém que ele queria ser e não foi. Nunca parei para sonhar quem eu gostaria de ser ou que eu gostaria de fazer...
- E ao invés de eu tratar você de forma contrário porque só eu sei o que eu sofri, cometi o mesmo erro do meu pai. Tentei te transformar em uma marionete. Nunca parei para perguntar para você, porque você escolheu a medicina ou como foi seu primeiro dia na faculdade. Eu estava tão frustrado que eu só pensava em mim e no Caio que eu criei e não estava sendo o que eu achava ou queria. - Ele diz isso tudo olhando no fundo dos meus olhos enquanto eu estava parado. - A diferença de mim para você é porque eu cedi para o meu pai, você me enfrentou e foi na direção dos seus sonhos, a diferença entre nós dois é que eu tive medo e você não. Quero que sabia que eu tenho muito orgulho do seu esforço, pode parecer que eu nunca vi, mas eu vejo meu filho e por mais que seja difícil, quero dizer que se você me perdoar um dia, vou te apoiar e fazer o possível para te ajudar. Espero de verdade que um dia me perdoe por tudo o que fiz, eu só não queria ir embora, mas uma vez brigado com você. - Meu pai diz me olhando enquanto meus olhos estavam cheios de lágrimas.
Eu estava em transe, sem reação, sem sabe o que falar. Meu pai estava me pedindo desculpas, sendo que ele nunca fez isso e ainda mais me pedindo perdão e ainda mais, dizendo que tem orgulho de mim. Tudo o que sempre quis ouvir desde de quando eu era criança.
Quando vi já estava em pé e abraçando ele enquanto cai lágrimas do seus olhos.
- Eu te perdoo papai, eu te perdoo. - Falo enquanto abraçava ele e o mesmo me abraçou de volta.
- Obrigado filho... - Ele diz enquanto me abraça.
Depois que se soltamos ele apertou me ombro fazendo eu olhar para ele.
- Sua amiga Olivia... cuide dela. - Foi apenas o que ele disse antes de me solta e me deixa no quarto sozinho.
[....]
Olivia- Minha filha nem vi você chegando. - Minha mãe diz aparecendo no meu quarto enquanto estava sentada na cama olhando para o nada.
- Porque não me contou sobre a carta?. - Pergunto e por mas que eu estivesse de costas, sabia que ela estava com uma expressão confusa e surpresa.
- Você andou mexendo nas minha coisas Olivia?. - Seu tom saiu como repressão.
- Não.. eu cheguei em casa e vocês não estavam, fui procurar você no seu quarto e vi sua cama bagunçado com um monte de coisas em cima da cama. - Conto. - Então quando fui para guarda as roupas, uma carta caiu. - Digo e logo ouço passos e depois ela senta do meu lado.
- Não queria que ficasse pior do que já estava, por isso não te contamos. - Minha mãe diz e eu viro minha cabeça olhando pro seu rosto.
- Então o Gustav sabia?. - Pergunto olhando para ela que não disse nada. - Entendi. - Digo e volto olha para frente.
- Você já estava sofrendo tanto que não queríamos que você...
- Vocês me tratam como uma criança mãe. - Falo olhando para ela. - Eu tenho 19 anos e não 10, não sou mais uma criança que não pode sabe das coisas que irá fica machucada. Eu já sou uma adulta e mereço saber. - Falo olhando para ela que me olhava. - Mas não era só você ou meu irmão que pensava assim, meu pai também, já que deixou bem claro na carta que não era para conta nada para mim não fica mais decepcionada. - Digo relembrando de suas palavras.
- Seu pai só se preocupava com você, como todo mundo minha filha. - Ela toca na minha mão, mas eu me afasto.
- Estou cansada das pessoas só se preocuparem comigo, como se eu fosse indefesa. - Digo olhando para ela e me levanto devagar. - Mas tudo bem , eu só preciso respirar. - Falo já em pé.
- Tudo bem, eu já estou saindo. - Minha mãe diz levantando. - Você vai para o culto?. - Ela pergunta e eu nego. - Olivia..
- Mãe eu sei muito bem o que eu estou fazendo. - Digo rude até demais, já que ela ergueu as sobrancelha. - Só quero ficar sozinha. - Abaixo o tom e ela me olha e balança cabeça.
- Tudo bem filha, se quiser conversa estarei no meu quarto e se muda de ideia, daqui a pouco seu irmão está saindo. - Ela diz me olhando e eu apenas concordei.
Vi a mesma abrindo a porta, logo depois ela fechou a porta. Me virei e fui andando até o meu guarda roupa e comecei a tirar um monte de roupa dele.
[.....]
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For a Wait I (REVISÃO)
SpiritualAssim com o corsa deseja as águas do ribeirão, assim também eu quero estar na tua presença, ó Deus! Salmos 42;1 Olivia Mendez, uma jovem de 19 anos, que mora no estado de São Paulo. Ela tenta conciliar sua vida material, junto com a sua vida espirit...