Cap 20/

66 10 0
                                    

Dia seguinte...

Enquanto eu estava no velório do meu pai, a única coisa que estava na minha mente era uma canção que uma das irmã da nossa igreja estava cantando.

- Ah Deus seja a glória, ah Deus seja glória, ah Deus seja glória! Para sempre, amém!.. - Por mas que talvez eu não não sentisse vontade de pronunciar nada, eu cantava o louvor sem perceber, como se aquelas palavras saíssem sem permissão da minha boca.

Ao meu lado direito se encontrava a minha mãe, ela não havia falado nada desde que chegamos no velório. Ao meu lado esquerdo se encontrava meu irmão e ao lado dele estava sua noiva.

O velório foi seguido, até que chegou a parte das homenagens, meu irmão foi primeiro a ir lá na frente e só vi ele apenas se soltando da Carol.

- Bem.. tem coisas que acontecem nas nossas vidas que não entendemos muito o porquê, mas são coisas que tiverem de acontecer. - Ele começou a a falar. - Todos aqui sabem que o meu pai foi um grande exemplo pra mim, ele não era a pessoa mais perfeita do mundo, mas não posso reclamar, porque ele foi um ótimo pai. - Gustav diz e olha para sua mãos.

- Eu realmente tenho esperança que no último minuto ele tenha se arrependido e teve um encontro com Jesus e que eu possa encontrá-lo conosco no céu e essa é minha única esperança. - Ele diz e olha para todas as pessoas que estavam lá. - A única coisa que eu posso dizer é: meu pai vai fazer muita falta. - Gustav diz engolindo seco e logo depois saindo dali.

Logo depois dele foi a minha mãe, a mesma olhou para todos que estavam ali e depois para gente, bem na hora que vejo Lilian vindo andando até mim e parando do meu lado em seguida me abraçando.

- Bem.. como meu filho disse, tem coisas que acontecem que gente nunca esperamos. Se uns tempos ou até mesmo umas horas atrás me dissessem que eu estaria aqui eu não acreditaria. Nós pais sempre esperamos enterrar nossos filhos e não ao contrário, egoísmo talvez? Podemos dizer, mas sabemos que é verdade. - Minha mãe diz.

- Eu e o Carlos nos conhecemos à muito tempo, lembro que quando ele pediu minha mão em namoro para minha mãe eu tinha 17 anos. Logo após planejamos um futuro, meu sonho de forma uma família aconteceu já que minha única família era minha mãe. - Mamãe diz olhando para nós. - Alguns aqui sabem que estávamos perto de nós divorciar, aconteceram muitas coisas no nosso casamento, não éramos mais felizes juntos. Mas eu tento ver o Carlos como aquele que sorriu quando viu pela a primeira vez o rostinho da nossa princesa Olivia e disse "ela tem os seus olhos." - Mamãe diz olhando para mim sorrindo com os olhos cheios de lágrimas e eu não estava tão longe.

- Ou quando ele sempre estava no treinos de futebol do nosso príncipe Gustav. - Ela diz olhando para meu irmão que sorriu de lado. - Vou sempre lembrar do Carlos dessa forma, e também digo que ele fará bastante falta em nossas vidas. - Minha mãe diz e lágrimas cai dos seus olhos.

Ela saiu dali e Lilian me soltou para mim ir, só que eu continuava no mesmo lugar. Meu irmão olhou para mim, assim como todos que se encontravam ali.

- Vai lá... - Lilian diz no meu ouvido e eu encaro seus olhos castanhos que me encorajava mais.

Apenas respiro fundo e dou o primeiro passou, depois um atrás do outro. Quando me viro para aqueles pessoas, vejo minha segundo família que eu fazia parte da mesma igreja, minhas meninas do grupo do Ministério que me olhavam me dando apoio, minha família, nossos outros parentes.

E bem lá no final estava uma ruiva me olhando tristemente e ao seu lado se encontrava um jovem dos olhos verdes, Caio.. ele estava vestido com um terno preto, que por sinal caiu muito bem.

Seu olhar transmiti dor e ao mesmo dizia " Está tudo bem? ". Apenas correspondo seu olhar dizendo que ia fica tudo bem.

- Eu... eu não tenho palavra para descrever o meu pai. - Começo a falar e olho para minha mãos. - Ele para mim era o meu herói, a pessoa que eu mais falava com admiração para meus amigos e na reunião de família. - Sorriu fraco lembrando de alguns momentos nossos. - Ele é o cara que me ajudou com minha mochila pesada depois da escola, quem nem pesada estava, também era o pai que me contava histórias para dormi ou que me consolava quando eu tinha pesadelos. - Eu tive a oportunidade de falar com ele a última vez, mas guardei um sentimento... - Falo me lembrando e meus olhos começam a arder.

For a Wait I (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora