Os saltos altos pretos de Rafaella saltaram rapidamente do táxi contra o chão assim que ela pressionou o primeiro número em sua discagem rápida do telefone. Seu coração estava batendo, flutuando na bagunça, batendo em seu peito com dolorosos tremores. Ela esperou por três longos sinais de chamada agonizantes antes da voz de sua melhor amiga finalmente atender na linha.
— Rafaella? — Manoela disse. — Eu pensei que você deveria estar em um enc-
— É Bianca. — Rafaella soltou.
Manoela bufou para o telefone.
— Sério Rafaella? Conheço sua voz basicamente a minha vida toda, ok? Conheço a sua voz quase melhor do que a minha própria. Além disso, eu só bebi um copo de vinho hoje à noite. Eu sei que é você.
— É claro que sou eu! Isso não é o que eu quis dizer. Eu quis dizer que é Bianca.
— Isso é literalmente exatamente o que você me disse na primeira vez. Então, você está me dizendo que você quis dizer exatamente o que quis dizer? Porque se assim for, então você me confundiu completamente.
Rafaella soltou um tremendo suspiro frustrado.
— Você vai calar a boca e me ouvir, por favor?
— Bem, pare de se repetir então.
O toque de uma campainha ecoou através do telefone de Rafaella, seguido rapidamente por Manoela dizendo:
— Oh, espera aí, Rafinha. Tem alguém em minha porta.
— Eu sei.
— O que quer dizer? — Manoela abriu a porta da frente para revelar uma Rafaella exausta, seu telefone ainda pressionado em sua orelha e um táxi partindo ao longe no meio-fio. Ela começou a rir, mas o olhar nos olhos de sua amiga fez o som morrer em sua garganta. Manoela quase derrubou seu telefone quando ela imediatamente estendeu a mão para sua melhor amiga e a puxou para dentro.
***
— Tudo bem, amigo. — Bianca sussurrou. A cabeça de Lucas estava deitada preguiçosamente sobre seu ombro, seu rosto enterrado em seu pescoço quando ela o levou pelo corredor. Um de seus punhos enrolado no decote de sua camisa e o outro balançando levemente atrás dela. Ele tinha dormido no colo de Bianca cerca de quinze minutos durante um filme.
— Hora de meninos com mamães furtivamente gays irem para a cama. — Ela revirou os olhos. — Mamães furtivamente gays que não dizem para babás igualmente gays que elas são gays.
— Ou bissexual. — Ela colocou Lucas em sua cama. Com o punho agarrado em sua camisa, ela teve que alavancar seus dedos do decote antes que pudesse ficar de pé novamente. — Ou pansexual. — Ela o cobriu bem apertado. — Hot-sexual. Que sai com pessoas hots. Seja lá o que seja.
Bianca percebeu que ela estava 'viajando'.
— Wow. — Ela disse enquanto inclinou-se e pressionou dois beijos tenros na testa de Lucas. — Eu estou tão feliz que você esteja dormindo agora, garoto.
Então ela saiu de seu quarto, fechando a porta atrás dela.
***
— Você fugiu de seu encontro? — Manoela entregou à Rafaella um copo de vinho, caiu no sofá ao lado dela, e bateu de leve em seu joelho.
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Gonna get better
FanfictionUma figura proeminente entre a elite da moda de Nova York, Rafaella Kalimann é uma empresária de sucesso e mãe solteira de um adorável filho de três anos, Lucas. Sua vida amorosa, no entanto, está faltando, como sua melhor amiga e a família continua...