Capítulo 21

960 67 7
                                    

Rafaella não perguntou se Bianca queria ir para casa com ela, e Bianca não perguntou se ela poderia ir. Estava aparentemente um silêncio, no entanto, a compreensão era mútua que nenhuma delas queria que o encontro acabasse, assim, Rafaella dirigiu para sua casa, trazendo Bianca consigo.

Lucas não se mexeu uma vez sequer, nem mesmo quando Rafaella tirou-o do carrinho e o colocou no carro. O que não mudou quando finalmente chegaram na casa de Rafaella. Ele se enrolou em sua mãe como um coala quando ela tirou do assento do carro de novo e o levou para dentro de casa, Bianca os seguindo de perto por trás.

Após seguir Rafaella pelo corredor, Bianca a observou colocar o menino em sua cama, tendo que abrir seus dedos para soltar todo o cabelo da base de sua cabeça. Ela puxou seus sapatos e meias de seus pés, tirou o seu chapéu e, em seguida, puxou as cobertas que estavam sob ele. O garoto apenas murmurou algumas vezes durante todo o processo, mas em seguida, aninhou-se de volta para seu lençol e apagou novamente.

Bianca entrou em cena e entregou-lhe a pelúcia verde de macaco.

— Aqui. — Ela sussurrou. — Ele pode dormir com ele.

— Você tem certeza que ao invés disso não prefere guardar para que você possa dormir com a pelúcia? — Rafaella colocou o brinquedo ao lado de Lucas. — Você estava inflexível sobre a pelúcia no fim das contas.

— Eu não preciso dormir com macacos se eu tenho você.

Quando Rafaella puxou a porta fechando-a por trás delas, as duas estavam olhando uma para a outra. A dolorosa e familiar eletricidade fagulhou entre elas novamente, e Rafaella limpou sua garganta, deixando seu olhar cair no de Bianca.

— Você gostaria de algo para beber? — Ela perguntou, voltando para baixo, pelo corredor, em direção a cozinha. Bianca deu de ombros e seguiu-a, rindo internamente de si mesma, porque parecia que cada vez que ela estava nesta grande, bonita casa, seguia Rafaella ao redor como um filhote de cachorro. Na verdade, ela percebeu que estava fazendo isso desde sua primeira visita. Parecia que isso sempre esteve lá entre elas apesar do fato de que nenhuma delas tinha notado.

— Uh, tipo álcool? — Bianca perguntou. — Porque eu não sou boa com vinho. Eu vou querer algum chá ou algo assim se você tiver.

— Suco?

— Sim, obrigada.

Rafaella entrou n a cozinha, separando um par de copos, enchendo um pela metade com vinho e o outro inteiramente com suco de maçã. Ela se virou para ver Bianca inclinar-se contra o balcão da cozinha e observá-la. Elas olharam uma para a outra, e ambas as mulheres suspiraram, completamente afetadas por apenas um piscar de olhos.Quando foi entregar os copos, os seus dedos esbarraram na troca e causando um delicioso arrepio na coluna da mais nova. Recuando de costas e empurrando-se contra o balcão no lado oposto da cozinha, Kalimann olhou para a mulher em frente a ela enquanto ambas davam longos goles em seus copos.

— Então. — Bianca disse, colocando seu copo no balcão.

Seu corpo inteiro estava tenso e praticamente vibrando com energia quando ela observou a língua de Rafaella deslizar em seu lábio inferior para capturar um pouco da umidade que escapou.

Rafaella imitou a ação de Bianca, colocando seu próprio copo atrás dela.

— Então... — Ela repetiu, a palavra apenas um sussurro. O puxão entre elas foi magnético, e não disseram nenhuma outra palavra. Ambas as mulheres atiraram-se fora de seus respectivos lados do balcão e colidiram no meio.

Mãos pousaram em qualquer lugar que alcançaram, em todos os lugares que poderiam. As unhas de Rafaella cravaram o couro cabeludo de Bianca assim como Bianca agarrou firmemente ao redor dos quadris de Rafaella. O beijo estava quente e áspero, desesperado , línguas deslizaram em conjunto, degustando, explorando. Os dentes bateram juntos com o movimento frenético, mas não tirou qualquer mente confusa do estado do beijo. Elas só queriam mais.

Gonna get betterOnde histórias criam vida. Descubra agora