Capítulo 11

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— Wow, você está terrível.

Rafaella revirou os olhos enquanto ela ajeitava Lucas em uma cadeira no restaurante antes de sentar na cadeira em frente de Manoela.

— Às vezes, eu preciso me lembrar de que eu te amo.

Rindo, Manoela se inclinou para beijar o rosto de Lucas e colocou um pequeno livro de colorir e giz de cera sobre a mesa na frente dele.

— Obrigado! — Ele pegou o dedo dela com seu dedo, segurando bem forte com uma mão enquanto ele usou sua outra para pegar o giz verde e começou a desenhar por todo o papel.

— De nada, bebê. — Manu puxou seu dedo indicador de seu enlaço enquanto ela riu para ele. Ela viu como Rafaella correu uma mão através de seu cabelo e estendeu a mão para o menu. — Então, você vai me dizer por que você parece como se estivesse ido em uma festa selvagem ontem à noite e acordou festejando ainda mais?

Rafaella olhou.

— Bem, obviamente, eu não fui a uma festa selvagem.

— Obviamente. Então, fale.

— Eu estava fora. — Rafaella disse. — Mais tarde do que eu esperava estar.

— Oh, sério?

Rafaella ignorou o tom provocativo de sua amiga, levantando uma sobrancelha e disse,

— E, depois, é claro que minha mãe me ligou às seis da manhã e colocou Lucas no telefone. — Ela se virou para Lucas. — E o que você disse muito alto na orelha da mamãe, munchkin?

— Mamãaae! — Lucas citou a si mesmo. — Eu estou acordado! Onde você está?

— É isso mesmo. — Rafaella disse e Manoela riu. — Muito alto.

— Uh-Huh. — Manoela disse. — Vamos voltar para a parte do 'estive fora'. Onde exatamente você estava, Rafaella?

Rafaella limpou sua garganta e endireitou seus ombros e manteve os olhos fixos em seu menu.

— Eu estava na NYU com Bianca.

— Bianca! — Lucas nem levantou o olhar do papel onde sua mão pequena ainda estava escrevendo animadamente.

— Bianca, hein? — Manoela perguntou, sorrindo.

— Sim, Manoela. — Rafaella repreendeu. — Bianca, a babá. Qual é o problema? Você que me disse para levar a mochila para ela.

— Sim, mas entregar a alguém uma mochila leva em torno de cinco segundos.

— E? — Rafaella perguntou. — Eu não tenho permissão para fazer amigos?

— Bem, eu não sei por que você precisa fazer novos amigos considerando o fato de que você já tem a mim e eu estou incrível. — Rafaella revirou os olhos, mas sorriu. — Mas sim, eu suponho que você está bem-vinda a fazer novos amigos.

Manoela não necessariamente iria se referir ao começo da relação entre ela e a babá como estritamente amizade. Mas o fato de que sua amiga estava completamente alheia ao desenvolvimento da química entre elas, não surpreendia Manoela.

A conversa foi colocada em espera quando o garçom trouxe seus pedidos.

Rafaella procurou na grande bolsa que ela levava em seus passeios com Lucas e puxou uma pequena caixa de suco de maçã orgânico. Ela puxou o pequeno canudo do lado e furou com ele através do buraquinho na parte superior da caixa antes de colocar na frente de seu filho.

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