1 - Jonatas

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Dizer que eu estava pegando fogo, subindo pelas paredes, seco, era puro eufemismo

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Dizer que eu estava pegando fogo, subindo pelas paredes, seco, era puro eufemismo. Vi Camila de bunda para cima quando cheguei e a puxei contra mim, esfregando meu pau duro nela como um tarado. Ela nem se espantou pois imaginou que seria eu, que estava ficando pior com o tempo. Ela se ergueu e virou para mim com um sorriso tímido. A beijei e prensei contra a parede. Há um ano eu não tinha sexo e era estúpido reclamar porque isso só não tinha acontecido porque eu mesmo não quis.

Camila agia de forma normal como agora ela estava dando comida as galinhas e eu agindo como um pervertido. A menina não tinha maldade o que só me fazia sentir mais péssimo.

Ela era minha noiva, já tinha dito que se entregaria para mim se eu quisesse, e fazia questão de repetir cada vez que eu dava um show, disse agora mesmo que não precisávamos esperar pelo casamento que aconteceria daqui a um mês. O problema era que eu não podia aceitar sua oferta, não quando tinha coisas que eu precisava lhe contar, não quando eu sabia que ela merecia melhor.

Camila era o ser mais doce e puro que eu já tinha conhecido. Assim que cheguei na região e a conheci vi nela uma alma tão machucada como a minha, imediatamente quis cuidar dela. Ela parecia um animal acuado, foi difícil de chegar a ela, mas eu consegui.

Quando ouvi pela boca dos moradores da região o que ela tinha passado senti um ódio descomunal e meu lado protetor foi imediatamente ativado. Camila tinha sido vítima de abusos terríveis por um fazendeiro, deixada à porta dele pela sua mãe, o homem em vez de criá-la como filha a escravizou e para acabar de completar os horrores seu filho ainda abusava sexualmente dela, felizmente ainda existia gente boa no mundo e ela foi resgatada e adotada e agora tinha pais incríveis.

Contudo ficaram traumas difíceis de serem superados. Camila não tinha estudado, pois quando seus pais a colocaram na escola ela sofreu bullying não só dos alunos, mas professores também que a chamavam burra por sua dificuldade de aprendizado, por esse motivo ela não quis mais ir. Obviamente por não se sentir capaz, mas eu sabia que ela era, minha noiva não sabia ler, nem escrever, falava errado, porém era perspicaz. Era uma garota inteligente que só precisava de tempo e ajuda profissional para curar seus traumas e se encontrar.

Por essa razão eu não me deixava levar por meus desejos e também porque depois de tudo não me sentia merecedor.

Nem eu nem ela tínhamos falado de nossos traumas, mas eu achava que um dia talvez depois de casados pudéssemos desabafar um com o outro.

Fomos para dentro e Camila foi tomar um banho. Quando ela regressou me serviu o almoço.

— Não gosto de você. — Alê, meu cunhado de dez anos falou. Isso me entristecia, mas não sabia como reverter a situação.

O menino me detestava, não só porque tinha que dividir a atenção da sua irmã comigo, mas porque esse moleque sinistro tinha notado somente pelo meu olhar que eu não estava sendo cem porcento honesto com sua irmã. O fato de eu não saber lidar com crianças não ajudava nada.

Eu dominoOnde histórias criam vida. Descubra agora