Fabiola tem o mundo a seus pés, filha de milionários com seus nomes
na Forbes, ela tem tudo de material que qualquer ser humano deseja ter.
Mas afeto? Isso nunca. Entretanto ela não é uma mulher que deixe transparecer qualquer vulnerabilidade, domín...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
No dia seguinte dispensei o café da manhã e saí cedo para explorar as redondezas.
Me lembrei da noite de ontem com Jonatas. Não sei explicar, mas estar com ele sempre era mágico.
Quando ele me contou do seu pai imediatamente me identifiquei, o meu também tentava se aproximar, mas eu não conseguia perdoá-lo.
Abraçá-lo foi como a coisa certa, eu queria ter ficado naquele abraço a noite inteira. E o que me empolgava era porque tinha certeza que ele se sentiu da mesma forma.
Consegui um carro com Seu Jairo para ser mais seguro, lembrando do pedido do Jonatas para que não me arriscasse. Dirigi por alguns lugares da fazenda e da cidade, não resisti e perguntei para alguns trabalhadores onde Jonatas estava.
Eles me informaram e fui atrás dele lhe fazer uma surpresa, ele estava trabalhando em uma cerca sozinho.
Chegando lá eu me ofereci, cheguei a me despir para ele e não terminou bem, ele foi grosseiro comigo, me acusou de um monte de coisa que eu não era, algumas que talvez eu até fosse, mas doeu mesmo assim. Ele estava me prejulgando por algo que o magoou no passado ou sei lá.
Talvez tenha sido bom o acontecimento para eu desencanar. Meio que já estava virando obsessão.
Quando cheguei desse desastre Seu Jairo me recebeu.
Ficamos conversando, eu lhe explicando que iria embora e ele querendo que eu ficasse mais tempo. Mas não, tinha chegado minha hora. Por mais que eu gostasse de lutar por minhas coisas também não gostava de levar patada de ninguém.
Mas não me controlei e ainda fiz algumas perguntas dele ao senhor.
— Ele tem namorada, né?! Ela é bem bonita, mas é um pouco... diferente.
— Ah, minha querida, Camila é linda sim e muito boa moça. Ela tem um jeito um pouco diferente, pois já passou por muito nessa vida, sua jornada não foi fácil.
— Compreendo.
— Não, você não compreende. Você também sabe o que é o abandono, mas não o que é padecer sem comida e teto sobre a cabeça. Ambas as formas são dolorosas, mas têm diferença. — Eu movi a cabeça, sempre soube que de certa forma tinha uma vida privilegiada, a falta de amor foi algo que fui lidando ao longo da vida, mas mesmo assim mexeu com meu psicológico, não poderia imaginar o que era a fome, pois realmente isso não fazia parte da minha realidade.
— E Fabiola? Se eu fosse você protegeria esse coraçãozinho. Sou um velho, querida, já vivi demais e há poucas coisas que me passam despercebidas. Eles não são apenas namorados, são dois casmurros que aconteça o que acontecer vão ficar juntos, não quero que você se machuque.
