2 - Fabiola - parte 2 final

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— Jonatas trabalha há muito tempo com o senhor?

— Menos de um ano.

— Ele tem quantos anos?

— Vinte e três.

Até na idade éramos perfeitos.

— É casado? Tem filhos?

Eu achava que na idade da gente era impensável já ser casado e ter filhos, mas só quis despistar. Não vi aliança em seu dedo também, mas ainda assim me passou pela cabeça que ele podia estar frio diante das minhas investidas por ser.

— Não... — Recebi aquela resposta com alívio. Antes que seu Jairo pudesse me dizer mais a organizadora do evento apareceu e o levou para o ambiente onde ocorreria a cerimônia. Eles tinham separado uma área e construído uma estrutura para esse dia.

Fui tomar banho e me arrumar. Paula não tinha chegado, não era de acordar cedo e com certeza chegaria atrasada. Giselle, namorada do Ítalo e que também fazia parte do meu grupo de amigas era igual, talvez até chegassem juntas.

A cerimônia já decorria quando fiquei pronta e apareci no espaço, tinha muitas pessoas, mas adivinha onde meus olhos foram bater imediatamente? Exatamente, nele mesmo, Jonatas, foi a primeira pessoa que vi no meio daquela multidão, ele era o padrinho, estava ao lado de uma loira muito sorridente. Uma pitada de ciúmes queimou minhas entranhas.

Após o padre os declarar marido e mulher ocorreu a festa. Por mais que eu o estivesse seguindo o tempo todo por vezes ele fugia da minha vista.

Eu fui falar com meus amigos, Paula, Ítalo e Giselle. Evitei álcool e comidas porque Seu Jairo já tinha me empanturrado e eu precisava iniciar minha rotina de treino e dieta, Estados Unidos era sempre uma droga para manter a forma.

Mas continuei caçando e o encontrei.

Aconteceu algo que eu nunca esperei naquele lugar, como falei estava acostumada a estar rodeada de homens bonitos, mas que se adoravam tanto que não me cativava, o que vi aqui foi diferente.

Jonatas era moreno, olhos castanhos amendoados e cabelos da mesma cor, ele tinha uma aura obscura e extremamente sexy, de quem era bonito, mas não se importava com isso.

Eu não gostava do tipo de cara que ficava adorando seu próprio corpo horas em frente a um espelho, como se nele tivesse o próprio Deus. Eu não tinha paciência para ficar disputando banheiro com metrosexuais. Eu gostava de macho na sua pura essência, aqueles que exalavam testosterona sem precisar de bajulações. Por isso Jonatas me enlouqueceu à primeira vista.

Ele estava conversando com o marido da Vivi e bebendo cerveja quando havia champanhe, vinhos e todo tipo de bebida cara.

Fui até ele quando o homem se afastou.

— Oi Jonatas.

— Oi, Dona Fabiola.

— Dona? Me chame de Fabiola, somos quase da mesma idade.

— É questão de respeito.

— Para mim o respeito vai muito além de chamar alguém de dona ou senhora.

— Só não quero que pense que estou de confiança com os patrões.

— Não sou sua patroa. Também não sou como o Ítalo. Ele não deveria te tratar como te tratou.

— Ok, Fabiola. Se divertindo?

— Me divertiria mais se estivéssemos mais a vontade, o que acha? — Cansei de jogos, diria que o queria. — Me acompanharia ao meu quarto?

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