Como falei que aconteceria assim que Seu Jairo regressou há umas semanas ele me contratou novamente.
O senhor me pediu mil desculpas pelas atitudes do seu neto e o xingou de mimado e infantil, deixando bem claro que ele não tinha esse direito, que a fazenda era dele e só ele contratava e despedia.
Ele era um homem muito honrado, de pulso firme, a qual eu admirava muito.
Porém não consegui ainda voltar para o alojamento, pois acabou sendo ocupado por outras pessoas enquanto eu não estava. No entanto Seu Jairo fez questão de arcar com o aluguel do apartamento que eu estava ficando.
Minha vida nessas últimas semanas tinha sido só trabalho e solidão. Sem Camila e sua família eu estava completamente só.
Ela estava morando com Ítalo agora na cidade. Que fosse feliz.
Eu ocupava meu tempo com o serviço, mas gostaria de ocupar minha alma também, ou quem sabe adormecê-la para ter um pouco de descanso.
Na hora do almoço fui almoçar na venda de costume, antes almoçava na casa da Camila, agora a maior parte das vezes na mercearia porque nem sempre tinha tempo e paciência para cozinhar.
Quando cheguei lá meus irmãos se encontravam na rua de frente para o bar, eles estavam sujos e magros, pareciam muito com o moleque que eu tinha sido.
Assim como eles eu trabalhei na roça desde cedo, mal tive infância, o tempo que sobrava brincava com o que dava assim como eles estavam fazendo brincando de bola de gude.
Quando eles me viram deixaram de jogar e correram até mim, eu ficava até sem jeito com esse carinho deles comigo, eu não fiz nada para merecer.
— Jonatas. — Gritaram juntos.
— E aí molecada.
— A gente está brincando. Quer jogar com a gente? — O menor perguntou.
— Érr, não, eu acho que estou velho para essas coisas. E estou morrendo de fome. Vocês não? Já almoçaram?
— Ainda não. — O do meio respondeu.
— Venham almoçar então.
Pedi para que Rosa, que era quem estava no balcão, preparasse um prato do dia para mim reforçado e um para cada menino.
Eles continuaram brincando enquanto os pratos não chegavam e me sentei para tomar uma cerveja.
Quando a comida chegou eles correram de volta.
— A gente pode sentar com você? — O mais velho perguntou por todos, eles já com seus pratos na mão comendo com alvoroço.
— Hum... pode. — Eu acho que poderia lidar com eles sem meu pai por perto. Ainda bem que hoje ele não estava.
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Eu domino
ChickLitFabiola tem o mundo a seus pés, filha de milionários com seus nomes na Forbes, ela tem tudo de material que qualquer ser humano deseja ter. Mas afeto? Isso nunca. Entretanto ela não é uma mulher que deixe transparecer qualquer vulnerabilidade, domín...