7 - Jonatas

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Como falei que aconteceria assim que Seu Jairo regressou há umas semanas ele me contratou novamente

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Como falei que aconteceria assim que Seu Jairo regressou há umas semanas ele me contratou novamente.

O senhor me pediu mil desculpas pelas atitudes do seu neto e o xingou de mimado e infantil, deixando bem claro que ele não tinha esse direito, que a fazenda era dele e só ele contratava e despedia.

Ele era um homem muito honrado, de pulso firme, a qual eu admirava muito.

Porém não consegui ainda voltar para o alojamento, pois acabou sendo ocupado por outras pessoas enquanto eu não estava. No entanto Seu Jairo fez questão de arcar com o aluguel do apartamento que eu estava ficando.

Minha vida nessas últimas semanas tinha sido só trabalho e solidão. Sem Camila e sua família eu estava completamente só.

Ela estava morando com Ítalo agora na cidade. Que fosse feliz.

Eu ocupava meu tempo com o serviço, mas gostaria de ocupar minha alma também, ou quem sabe adormecê-la para ter um pouco de descanso.

Na hora do almoço fui almoçar na venda de costume, antes almoçava na casa da Camila, agora a maior parte das vezes na mercearia porque nem sempre tinha tempo e paciência para cozinhar.

Quando cheguei lá meus irmãos se encontravam na rua de frente para o bar, eles estavam sujos e magros, pareciam muito com o moleque que eu tinha sido.

Assim como eles eu trabalhei na roça desde cedo, mal tive infância, o tempo que sobrava brincava com o que dava assim como eles estavam fazendo brincando de bola de gude.

Quando eles me viram deixaram de jogar e correram até mim, eu ficava até sem jeito com esse carinho deles comigo, eu não fiz nada para merecer.

— Jonatas. — Gritaram juntos.

— E aí molecada.

— A gente está brincando. Quer jogar com a gente? — O menor perguntou.

— Érr, não, eu acho que estou velho para essas coisas. E estou morrendo de fome. Vocês não? Já almoçaram?

— Ainda não. — O do meio respondeu.

— Venham almoçar então.

Pedi para que Rosa, que era quem estava no balcão, preparasse um prato do dia para mim reforçado e um para cada menino.

Eles continuaram brincando enquanto os pratos não chegavam e me sentei para tomar uma cerveja.

Quando a comida chegou eles correram de volta.

— A gente pode sentar com você? — O mais velho perguntou por todos, eles já com seus pratos na mão comendo com alvoroço.

— Hum... pode. — Eu acho que poderia lidar com eles sem meu pai por perto. Ainda bem que hoje ele não estava.

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