2 - Jonatas

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Vergonha, muita vergonha de mim mesmo

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Vergonha, muita vergonha de mim mesmo. Isso era o que eu estava sentindo após ter a porra de uma ereção com uma garota que não era minha noiva.

Eu percebi Fabiola olhando para mim a cerimônia e festa inteira, mas eu disfarcei. Ela era bonita, bonita não, bonita era uma palavra leve para se enquadrar ao que aquela mulher era, ela era labaredas de tão quente.

Mas não que fosse a primeira mulher sexy que dava em cima de mim, isso era constante e eu passei a ignorar, fazia parte do castigo imposto a mim mesmo. Cada vez que eu vencia as fraquezas isso me fazia acreditar por instantes que merecia a Camila.

Falando em Camila, não sei se isso fazia parte da insegurança que eu carregava desde o que aconteceu... mas eu achava que ela estava dando importância demais ao neto do Seu Jairo. Ele era mimado e obviamente notou a beleza da Camila aliado ao fato de que ela era decente demais para ele ter qualquer chance, claro que um filhinho de papai daquele ia tomar como desafio.

Eu confiava nela, o problema era seu olhar para ele. Era coisa da minha cabeça, eu precisava deixar de ser louco.

Mas a garota, a Fabiola também tinha percebido.

Droga, a história não poderia estar se repetindo.

No final da festa procurei por Camila, me informaram que ela estava dentro do casarão. Alguma coisa me deixou incomodado, preocupado, acho que por que não vi o mauricinho por nenhuma parte.

Entrei na casa e fui informado pela minha tia Elizete, que era governanta do Seu Jairo, que Camila estava no quarto com ele. Meu coração logo disparou de medo por ela e fui correndo, mas quando cheguei fui surpreendido com uma cena que me congelou no lugar.

Camila estava abraçando o cara. Fiquei totalmente sem reação. Eu sabia que não era nada sexual, mas talvez fosse pior que isso, ele a estava consolando por algo, ela só tinha me deixado fazer isso, mais nenhum cara, e sei o tempo que isso levou, ela estava abrindo suas barreiras para mais alguém.

Me senti derrotado e saí cabisbaixo.

*

À noite fiquei jogado no sofá do meu cubículo, nem tive coragem de ir atrás da Camila. Eu não tinha como lutar contra a riqueza daquele cara, o físico e caráter nem eram o problema, de personalidade pude ver que ele não era uma pessoa assim tão correta, mas eu sabia que o dinheiro era algo muito tentador, o poder que ele emanava era como um afrodisíaco.

Não estava dizendo que Camila fosse interesseira, de maneira nenhuma, apenas era uma garota que amava demais sua família para querer dar a melhor vida a eles.

Bebi minha cerveja afogando a porra das minhas mágoas que eram muitas.

Bateram à minha porta, que não fosse Camila, eu não estava bem para falar com ela, não queria ser grosseiro e assustá-la.

Eu dominoOnde histórias criam vida. Descubra agora