5 - Fabiola

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As semanas passaram-se vagarosamente, tudo que eu pensava era em quando poderia regressar a fazenda para ver Jonatas

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As semanas passaram-se vagarosamente, tudo que eu pensava era em quando poderia regressar a fazenda para ver Jonatas.

Mas não via uma brecha no número interminável de tarefas que eu tinha que comandar. Ter um patrimônio mais era um fardo do que vantajoso.

Era como se os sonhos dos meus avós estivessem sendo cuidados e regados por mim como uma planta muito delicada, eu não poderia falhar, era uma constante preocupação.

Além dos sonhos dos muitos funcionários que colaboravam com minha empresa e que dependiam também do meu sucesso.

Não era atoa que eu fazia terapia desde cedo. Além de me ajudar a me sentir capaz de gerir tanto dinheiro, empregados e mais empregados e manter o negócio não só estável, mas em hesito.

Ainda me ajudava com a insegurança que eu tinha devido ao abandono mesmo escondida por detrás da minha máscara de comando.

A insegurança nem sempre era sobre você se sentir feio, muitas vezes era você se sentir insuficiente, ter medo de perder alguém que gostava muito, que de repente essa pessoa se afastasse.

Agora eu estava na minha mesa de reuniões com vários funcionários e colaboradores, dois dos meus assistentes, Maira e Sandro, advogados, financistas, contadores, gerentes, entres outros, tudo para conferirmos a parte financeira desse mês de todas as filiais, ou seja, lucros e despesas, e olha que tínhamos lojas quase no Brasil inteiro.

Era chato porque tudo que eu mais amava era criar e isso me tomava tempo demais, mas era necessário.

Tinha que me contentar em deixar o que mais amava para o final do dia quando pegava a máquina de costura vintage que minha avó deixou para mim e deixava minha imaginação fluir.

E por eles eu dava meu melhor, porque cada vez que eu pensava em desistir me lembrava que ambos haviam acreditado em mim.

Após acabar a reunião fui para o meu escritório continuar com os demais trabalhos quando recebi um pedido de videochamada.

Tinha que ser Ítalo para ligar assim para os outros com vídeo sem perguntar antes se a pessoa podia.



— Fala. — Atendi com cara de tédio.

— Preciso que você seduza um cara. — Ele foi logo soltando.

Não nesse mundo que eu perderia meu tempo com isso.

— E por que eu faria isso?

— Ah, por mim, cumplicidade de quase irmãozinhos.

— Sou quase irmãzinha da sua irmã, você é um dos caras mais idiotas que conheço, os outros são seus amigos.

— Magoei agora. Qual é, Fabiola?! É só curtição. Imagina como ia ser divertido seduzir um peãozinho até ele ficar de quatro aos teus pés. E não tenta me enganar porque vi seu interesse nele.

Eu dominoOnde histórias criam vida. Descubra agora