Preciosa Liberdade • jjk + pjm

Decisão.

Quando o carro luxuoso estacionou, Jeongguk viu a fachada da casa noturna. Prendeu o ar.

O nome Luminus em neon chamava a atenção de qualquer pessoa. Na placa, as luzes incríveis brilhavam intensamente ao redor do nome. Parecia um lugar mágico, e talvez fosse mesmo, considerando que agradava aos adultos.

O garoto estava prestes a conhecer algo.

Kwan tirou o cinto, então Jeongguk imitou a ação. Abriu a porta do carro, respirando o ar úmido e gelado. Os chuviscos tocaram a pele dele sem receio, e os fios do cabelo foram tomados pelas múltiplas gotinhas transparentes, fazendo com que ele adotasse uma aparência ainda mais pueril.

— E então, quero saber o que você acha. — Kwan falou, posicionando-se ao lado do garoto. Ele entreabriu os braços, evidenciando o seu orgulho. — Neste horário, a placa costuma ficar apagada. Mas, está ligada especialmente pra você agora. De noite, fica ainda melhor! Você tem que ver!

Por outro lado, Kwan não escondia seu interesse pelo garoto. Seu maior objetivo era fazer com que Jeongguk se sentisse bem ao olhar para a fachada. Ambicionava encantá-lo. As luzes piscavam, piscavam, piscavam. Quando Kwan olhou para Jeongguk, viu que os olhos grandes espelhavam a iluminação. Com os lábios entreabertos, ficou evidente que Jeongguk gostou.

As paredes escuras chamavam a atenção, assim como a placa. Durante a construção, tudo foi arquitetado nos mínimos detalhes para que a curiosidade das pessoas fosse atiçada ao máximo. E, de fato, funcionava. Todos que passavam em frente à Luminus sentiam vontade de conhecer o local. O que aquelas paredes escuras e tanto brilho ocultavam? Parecia irresistível.

— É bonito. — Jeongguk falou depois de muito tempo.

— Eu acho que é muito mais do que só bonito, né?

Jeongguk fez que sim.

Encaminharam-se até a porta principal, e os olhos atentos de Jeongguk observaram cada detalhe. A atenção foi grande quando Kwan pressionou um botão na lateral da porta de vidro fumê. Uma câmera analisou os rostos, e, quem quer que estivesse observando os dois, consentiu a entrada imediatamente. No momento em que entraram, a porta se fechou em um baque, impedindo a saída caso não fosse autorizada.

Kwan ligou as luzes e fez questão de observar a expressão do mais novo.

Jeongguk estava encantado.

Havia múltiplos globos espelhados presos no teto, painéis de LED, um telão enorme, e tantas luzes coloridas que o garoto semicerrou as pálpebras.

— Como isso aqui é enorme! — comentou.

— Cuidado para não se perder. — Kwan brincou. — Pode ficar à vontade.

O garoto caminhou sem pressa, explorando cada detalhe. Kwan, imóvel, somente apreciava o encantamento de Jeongguk. Era fantástico.

Num determinado momento, o garoto franziu o nariz.

— O que foi? — Kwan perguntou.

— Nada! É só o cheiro do álcool. Eu me sinto quase bêbado só de andar aqui.

Kwan gargalhou.

Jeongguk observou o palco alto e espaçoso, as cadeiras luxuosas nas laterais, e o extenso bar que os clientes aproveitavam para consumir bebidas diferentes.

Os adultos tinham uma visão peculiar sobre a diversão.

— Você decorou tudo isso?

Kwan acompanhava os passos do garoto como se Jeongguk fosse uma pequena presa inofensiva. Uma presa realmente bonita.