Luzes.

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As luzes da cidade eram fascinantes

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As luzes da cidade eram fascinantes.

A cada passo, descobriram que a região em que viviam era movimentada durante a noite, as pessoas pareciam despreocupadas enquanto andavam, conversavam e riam de algo.

Passaram por um grupo de adolescentes, e Jeongguk se sentiu estranho. O único lugar que esteve até então era o orfanato, seu pequeno universo precário e, de repente, como num passe de mágica, viu-se de braços abertos para as inúmeras novidades instigantes.

Era completamente diferente caminhar livre na rua, sentindo aromas peculiares, observando semblantes tão diferentes de uma vez só. Seu coração batia rápido enquanto os olhos passeavam de um lado para o outro, agitados e cheios de empolgação.

Perguntou-se como nunca deixavam que os órfãos saíssem do orfanato, era um absurdo ter sido preso durante toda a infância e adolescência.

Agora, via-se como um completo estranho.

Era como se sempre tivesse pertencido àquela cidade, e só pudesse desfrutar de tudo agora.

— Como você está se sentindo? — Jeongguk perguntou ao garoto ao seu lado.

Jimin estava quieto como um túmulo.

— Não sei — Jimin confessou baixinho, arrancando uma risada espontânea do outro. — Parece que estou em outra dimensão.

— Em outra dimensão! Exatamente como eu me sinto! — Jeongguk abrigou as mãos geladas nos bolsos da calça e umedeceu os lábios depois de virar o rosto em direção a um bar na esquina. Os garotos escutavam o som de um violão e a voz afinada de um cantor. Era a tacada perfeita para atrair quem fazia questão de beber e escutar um pouco de música depois de um dia inteiro de trabalho. — Quando foi que nos tornamos tão corajosos, hein?

Os olhos de Jimin estavam vidrados na movimentação do bar.

Ele disse:

— Tudo vai ser diferente agora.

Jeongguk seguiu o olhar do amigo.

— Quer entrar lá? — perguntou um tanto confuso, seguindo o costume de tentar ler os pensamentos do amigo.

Nós vamos entrar lá. Queria escutar música pra comemorar, mas está muito tarde. Acho que precisamos encontrar um lugar para passarmos a noite. Alguém naquele bar deve saber.

Jeongguk fez que sim com a cabeça.

Dirigiram-se para o bar a passos receosos. O cheiro de álcool fez Jeongguk torcer o nariz, e, ao notar a rejeição instantânea, Jimin pediu para que o garoto o esperasse na calçada.

De braços cruzados, Jeongguk viu o amigo adentrar o ambiente e, educadamente, começou a abordar os clientes. Depois, observou o cantor que estava sentado num banquinho no canto do bar, a forma como ele parecia livre na companhia do violão envernizado, sendo alvo de tantos olhares de admiração. Há quanto tempo ele cantava para as pessoas? Será que ele tinha certeza do tamanho do seu talento? Porque pareciam gostar muito dele.

Preciosa Liberdade • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora