Capítulo 18

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Olívia

10 dias para o casamento

Os dias passam voando e cada vez sinto-me pior. Os pesadelos agora são todos os dias então passo muitas horas da noite acordada evitando dormir, mesmo assim no pouco que durmo eles vêm e acordo suada e ofegante.

Sinto-me enfraquecida, meu corpo parece estar pagando pelo estresse que estou passando, Paola e sua equipe esperam-me agora e desço praticamente me arrastando. Poderia dizer que não estou me sentindo bem e todos iriam embora, mas essa é a única distração que tenho durante o dia, além do que Paola é a única pessoa com quem converso.

Eles se reúnem em círculo, uns sentados no sofá e outros em pé, estão agitados resolvendo as últimas pendências da cerimônia e da festa, não quero saber nada sobre esse assunto então fico de fora sentando numa poltrona do outro lado da sala. Eles entram em desacordo com algo bobo sobre cores, copos, guardanapos ou algo assim, estão animados, gesticulam e fazem graça, riem espalhafatosamente, acabo rindo também.  

Atenta a cena que se desenrola na minha frente, mal vejo quando uma das funcionária deixa uma bomboniere com chocolates na mesinha ao meu lado, ainda rindo, pego um e mordo. O chocolate é bom mas doce demais para meu gosto daí como só esse, um dos rapazes dispersa do grupo e senta ao meu lado, ele sinaliza os bombons e pega a bomboniere no colo depois que balanço a cabeça em positivo, rimos juntos das discussões enquanto ele devora os doces.

De repente uma fisgada atravessa meu estomago e curvo o corpo com um grito de dor. Paola e os demais correm até mim.

- Olívia! O que você tem? - levanto a cabeça e todos estão a minha volta preocupados.

- Meu... estômago! - outra dor forte atravessa meu corpo e grito novamente. Ouço um corre-corre e várias vozes a volta, então há um baque alto e as pessoas se afastam. Vejo o rapaz que estava ao meu lado caído no chão de olhos vidrados e uma espuma sai de sua boca. Outra pontada ainda mais forte vem e então tudo fica escuro. 

Abro os olhos com dificuldade e vejo Andreas, a dor parece ter se espalhado, agora meu corpo todo dói, minha respiração falha e a garganta queima quando tento falar.

- Dói... meu estômago!- consigo dizer com dificuldade. Quando sou colocada na cama parece que uma bola revira em meu estômago, a dor é tanta que nem tenho tempo para levantar e vomito ao lado da cama mesmo.

Um mafioso aos seus pés ( Brutos que amam - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora