Capítulo 29

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Andreas

Tenho muito mais dinheiro do que posso gastar, além de agora ser capo de tutti capi, sou um empresário, possuo negócios legalizados que nada tem a ver com a máfia. 

Temos uma festa para ir hoje, chegamos de braços dados na festa da Vindima dos Fontini, Olívia veste um vestido azul marinho comprido de mangas curtas e sandálias rasteiras, está simples e linda. Ela agora aceita que eu pegue suas mãos e toque em seus braços sem resistência, esse simples gesto já me deixa satisfeito, nosso caminho é longo mas sei como foi difícil esse pequeno passo para ela.

- Você conhece alguém aqui? - olha tudo a nossa volta encantada.

- Sim. Marco Fontini - aponto para o homem que está em um grupo mais a frente - Ele é um amigo e somos sócios nesse vinhedo, os vinhos Mineti & Fontini são conhecido internacionalmente e já até ganhamos um título Master Sommelier de excelência.

- Uau! O vinho que você bebeu quando jantamos em Florença era um dos seus? - confirmo acenando a cabeça - O que é Vindima? - pergunta Olívia curiosa. 

- É uma festa para a produção dos vinhos, pela manhã todos se reuniram para preparar os pratos que serão servidos, agora a tarde é feita a colheita das uvas e a noite a melhor parte, muita comida, vinho e dança, uma típica festa italiana.

 Ensino Olívia como cortar os cachos e ela vai colhendo as uvas enquanto carrego o cesto que as colocamos, durante o trajeto da plantação a apresento a Marco e a alguns trabalhadores mais antigos, aproveito o tempo para conhece-la melhor, Olívia é alegre e falante, seu sorriso ilumina tudo ao redor, mais comemos as uvas do que colhemos para falar a verdade, mas é muito bom ver que minha companhia não é mais desconfortável.

A noite todos se encontram na frente do galpão de produção, é um espaço aberto que está todo enfeitado com luzes e grandes mesas com muita comida típica. Depois do jantar uma banda local toca e todos dançam animados. Vários tonéis com uvas são colocados próximo e algumas mulheres começam a pisa da uva, Olívia olha fascinada para a cena.

- Vem comigo! - pego ela pela mão indo até uma cadeira, abaixo em sua frente e retiro suas sandálias.

- O que está... - para de falar e retesa o corpo quando a pego no colo, talvez eu tenha ultrapassado meu limite, mas agora é tarde. Coloco-a num dos tanque que não tem ninguém e me afasto. Ela fica parada me olhando espantada sem se mover, alguns músicos aproximam-se tocando e três casais vem dançar a sua volta. Olívia sorri olhando-os ao redor e logo se anima. 

A cena a minha frente é inesquecível, minha principessa está absurdamente linda. Olívia dança animada enquanto pisa nas uvas, seu sorriso é lindo, nunca a vi sorrir assim. Seus cabelos balançam as ondas suaves, ela segura o vestido comprido na altura das coxas e meus olhos tem livre acesso as pernas torneadas. É simplesmente a coisa mais sexy que já vi.

"Amo essa mulher!" chego a essa conclusão sem conseguir desviar meus olhos nem por um segundo. Ela me olha e sorri feliz, "amo minha principessa!", sorrio de volta, aceitando de bom grado esse pensamento.

- Ora, ora, parece que temos um casalzinho apaixonado! - Giácomo caminha lentamente e para ao meu lado. Meus soldados ameaçam se aproximar, mas faço sinal para recuarem. Estranho que esteja em minha região sem que fosse avisado.

- O que faz aqui? - cruzo os braços e cerro os dentes sem desviar meus olhos de Olívia.

- Vim apreciar a beleza da famosa vindima - entendo sua resposta com duplo sentido e viro para ele. Seus olhos estão vidrados em Olívia e não gosto disso.

- Se quer falar comigo, diga o que quer e tire os olhos da minha esposa! - estufo o peito e me aproximo para intimidá-lo, poderia acabar com ele agora mesmo mas estragaria a festa.

- O Capo de tutti capi tem ciúmes da minha querida sobrinha?! - gargalha alto, chamando a atenção de Olívia que nos olha e para. Os soldados levam as mãos as armas sem empunhá-las, apenas em prontidão. Ele olha ao redor percebendo o grande número de homens que tenho comigo.

- Fique longe da Toscana e longe de Olívia! - rosno próximo ao seu ouvido, ele sorri, dá uma última olhada para Olívia e sai quando dou um passo em sua direção.

Aceno a cabeça para dizer que está tudo bem a Olívia que prestava atenção na cena sem se mover e ela volta a pisar nas uvas. Faço sinal para um dos soldados seguirem Giácomo, se Bruno estivesse aqui esse sujeito não se aproximaria de nós de surpresa, mas agora como meu consigliere ele tem suas próprias atribuições. Marco passa por perto e vou até ele.

- Separe aquele tanque onde está minha esposa, quero um vinho especial dele - Marco confirma que vai avisar aos empregados, penso alegre no vinho que quero, suave com toque de flores e sei um nome perfeito para ele.





Um mafioso aos seus pés ( Brutos que amam - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora