Capítulo 21

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Andreas

O atentado a Olívia permanece uma incógnita. 

Descobrimos que a tal mulher apresentou-se com documentos falsos e deve ter recebido um pagamento muito bom porque mesmo sob tortura a maldita não abriu a boca. Ela começou a trabalhar aqui uma semana antes que fosse ao Brasil, quer dizer que o mandante é bem informado sobre meus passos. A questão é quem e por que essa pessoa audaciosa tentaria matar Olívia dentro da minha própria casa.

Não contei a ela a verdade sobre o atentado e dei ordens expressas para que ninguém o fizesse, ela não aceitou nosso casamento arranjado e ficou bem debilitada, precisando de repouso então poupei-a do assunto e dupliquei sua segurança.

É madrugada e finalmente vou descansar depois do trabalho, subindo as escadas escuto gritos vindo do quarto de Olívia, corro e entro no quarto. Ela grita e se debate sobre a cama ainda dormindo, seguro seus braços para que não machuque a si mesma, acorda suada e ofegante, escaneio seu rosto tentando descobrir o que há de errado, ao invés de sentir-se protegida sua reação é totalmente oposta. Se encolhe num canto e chora, "que porra tá acontecendo?"

- Olívia! O que você tem! - quero abraçá-la e dizer que está tudo bem, mas lembro que ela detesta meu toque e desisto.

- Eu não aguento mais esses pesadelos! Só quero ir pra casa! - diz chorosa. 

Pesadelos? Então esse não é o primeiro, seu comportamento de esquiva e pesadelos, algo a está apavorando. Será que ela pensa que vou estuprá-la em nosso casamento? A máfia me tornou um assassino frio e impiedoso, mas não sou esse monstro, mesmo a desejando feito um louco jamais a forçaria. Ou a qualquer outra mulher. 

...

-  JÁ CHEGA OLIVIA! Aceito seu acordo! 

Depois de presenciar aquele pesadelo passei a monitorar Olívia, tarde da noite espio por uma fresta de sua porta sem entrar. Tenho escutado seus pesadelos lamuriosos e sei que não dorme nem come direito a dias. É triste vê-la definhando dia após dia, depois de muito pensar, entro em seu quarto feito um furacão aceitando em parte sua proposta.

- Nos casamos e você mora em outra casa como propos. Mas tenho 2 condições: você mora aqui na Itália e eu escolho a casa, a outra é que você precisa ficar aqui por pelo menos 6 meses - ela arregala os olhos e limpa as lágrimas que caíram,  abre a boca mas antes que fale, continuo - preciso que seja apresentada formalmente como minha esposa indo comigo a algumas reuniões e jantares da máfia, talvez até uma viajem  curta, depois digo que cansei de você e pronto. Enquanto isso ficamos assim como estamos, tem minha palavra que não a tocarei sem seu consentimento.

É isso, sem outra opção resolvo dar o braço a torcer, agora tenho seis meses de banhos gelados para conquistar de vez minha principessa.



Um mafioso aos seus pés ( Brutos que amam - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora