Andreas
Corro até Olívia que não se mexe e jogo o corpo do homem para o lado. Ela está com o rosto, braços e peito cobertos de sangue, seguro seus braços mapeando se há algum ferimento aparente.
- NÃO! FICA LONGE DE MIM!- ela grita e tenta se soltar assustada.
- Olívia! Sou eu, Andreas! - ela para ofegante e foca meu rosto, lágrimas escorrem e ela me abraça. - Acabou, principessa! Acabou! - sussurro em seu ouvido e a aperto firme.
Tiro meu casaco e a envolvo, a pego no colo e encosto seu rosto no meu peito para que não veja os corpos pelo chão seguindo até o carro, precisamos sair daqui o mais rápido possível. Assim que a solto no banco traseiro ela se encolhe perto da janela, pego uma garrafa de água e um lenço para limpar seu rosto e braços mas ela recusa minha aproximação.
Entramos na garagem de um dos nossos prédios residenciais pronto para emergências. Olívia desce do carro e me segue como um robô até o elevador que nos leva direto a cobertura. Entramos somente nós dois no apartamento, dois soldados ficam na porta e os demais se espalham pelo prédio. Ela fica em pé parada no meio da sala sem se mexer, seus olhos se concentram no vazio, Olívia está em choque.
- Quer que a ajude com o banho? - fico bem em sua frente para que foque em mim, ela balança a cabeça negando, puxo-a suavemente pela mão até a porta do banheiro e abro para que entre.
Jogo minha camisa que também está suja de sangue na lavanderia e aguardo perto da porta Olívia terminar o banho. Quase duas horas se passam e o chuveiro ainda está ligado, giro a maçaneta mas está trancada, preocupado, empurro a porta com o ombro e no segundo empurrão ela cede. O banheiro está esfumaçado dificultando a visão, mas conforme entro enxergo Olívia sentada no chão do box, debaixo dágua ela esfrega descontrolada uma esponja em pelo corpo que está todo vermelho, seus braços tem arranhões de cima a baixo.
- Está se machucando, principessa! - abaixo ao seu lado e seguro seu pulso impedindo que continue a se machucar.
- Ainda sinto o cheiro do sangue dele em mim! - ela murmura fazendo uma careta de asco, puxa o braço para continuar, mas seguro firme.
- Não tem mais cheiro nenhum! - com relutância consigo levantar ela do chão, enrolo uma toalha em seu corpo e com outra ajudo a se secar. Visto-a com um roupão e no quarto a ajeito na cama.
- Está com fome? - ela balança a cabeça que não, tomo um banho e quando volto ela já dorme. Puxo uma cadeira e sento ao lado da cama vigiando seu sono, estou cansado e acabo cochilando também. Acordo com Olívia aos gritos num pesadelo, sento na cama e a abraço tentando acalmá-la.
- Está tudo bem agora! - com ela mais calma, pego uma garrafa de agua no frigobar - Beba um pouco, vai se sentir melhor! - depois que toma alguns pequenos goles, levanto para deixá-la voltar a dormir.
- Andreas, pode ficar um pouco?- fala manhosa e me derreto. Deito com ela que chega bem para o lado contrário e ficamos olhando o teto - Não vamos voltar para aquela casa amanhã, por favor! - implora.
- Não vamos voltar, eu prometo! - viro de lado e ficamos frente a frente, coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha
- Vamos fazer uma viagem por alguns dias, o que acha? - ela acena concordando. Para minha surpresa ela chega mais perto e se aconchega deitando a cabeça em meu peito, faço carinho em seus cabelos e logo escuto sua respiração ficar leve, ela dormiu.
- Não sei o que faria se algo acontecesse com você! Prometo protegê-la para sempre - aproveito que dorme e sussurro em seu ouvido - Eu te amo, principessa! - firmo ela mais em meus braços, beijo sua testa e durmo também.
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Um mafioso aos seus pés ( Brutos que amam - Livro 1)
Roman d'amour( Brutos que amam - Livro 1) Olivia é um humilde órfã que vê sua vida mudar da noite para o dia quando um homem a encontra em nome de sua avó. Mas a verdade é que por trás disto há um casamento arranjado quando ainda era um bebê e pelas leis da máf...