Capítulo 39

18.7K 1.3K 85
                                    

Andreas

Finalmente me livrei do peso que tinha com relação a Olívia, contei a ela sobre a morte da senhora Jandira. Jurei em sua frente que tinha blefado naquele dia e de fato foi verdade, afinal ela já estava morta mesmo, apenas omiti que ela morreu do susto dos soldados, mas isso é irrelevante. 

Vou até seu quarto chamá-la para jantar, ela parece realmente triste. Digo com convicção que sou sua família e sou mesmo, ela é minha esposa e eu a amo.

...

Estou muito feliz, como pedi, cedo Olívia estava pronta e um pouco mais animada aceitou tomar café da manhã comigo. Agora estamos de helicóptero indo para Angra dos Reis onde já providenciei um iate para passearmos.

Assim que vê o iate na marina, Olívia me olha chocada,  um funcionário da marina nos recebe, mostra as acomodações dos dois andares e nos deixa. Tudo foi muito bem pensado e organizado por Dante meu braço direito no Brasil, nossa viajem para cá veio bem a calhar, Bruno se ocupa dos negócios e eu aproveito o passeio com Olívia. Além da geladeira bem abastecida, nos quartos tinham várias sacolas com roupas, inclusive de banho e todos os produtos que precisaríamos para passar dois dias.      

Assumo a direção e piloto o iate até passarmos de Ilha Grande onde paro, Olívia me ajuda a trazer alguns petiscos e bebidas para uma mesa na proa, depois some por alguns minutos e volta linda de maio e saída de banho. 

- Não sabia que pilotava iates também! - ela fala empolgada enquanto comemos na mesa, desde que começamos a navegar está outro ânimo.

- Sou bom fazendo muitas coisas mais, principessa! - falo malicioso, mas ela nem nota, continua comendo normalmente, sua ingenuidade mostra o quanto cresceu fechada em si mesma. Depois de comer e descansar um pouco volto a navegar enquanto ela se refresca na hidromassagem.

- Quer aprender a navegar - pergunto depois de um tempo. Olívia vem até mim sorrindo balançando o vestido soltinho que colocou, se posiciona e fico auxiliando, quando sente confiança, deixo-a sozinha. 

A tarde começa a despontar e a imagem do sol baixo refletido na água é deslumbrante, fico atrás de Olívia e aponto o horizonte, estico o braço a cercando e desligo o motor, ela ainda fica segurando a direção sem se mexer. Inspiro o perfume de seu cabelo e beijo seu ombro.

- E-Está perto demais, Andreas ! - gagueja e vejo seus dedos apertarem firme a direção.

- Estou! E você não está me afastando! - passo o nariz suavemente do ombro até sua orelha, sua pele se arrepia - Deixe-me beijá-la, principessa! - sussurro com a voz rouca em seu ouvido,  seguro gentilmente seu queixo com um mão e com a outra giro seu corpo - Espero por isso a muito tempo! - falo olhando em seus olhos e me aproximo devagar.

Colo nossos lábios e dessa vez depois de alguns segundos ela finalmente me corresponde, timidamente, mas corresponde. A beijo devagar sentindo seu sabor doce e quando ela arfa invado minha língua.

- Namora comigo, principessa? - acabo o beijo para respirar mas pergunto com a boca encostada na sua ainda de olhos fechados, não quero soltá-la nunca mais.

Ela leva as mão ao meu peito e empurra, sua força não me moveria mas dou dois passos para trás respeitando seu pedido de espaço. Ela corre até a grade da proa se firmando nela. Caminho até onde está e paro ao seu lado.

- Eu não sei! - diz angustiada, sua respiração está alterada. 

- Não sabe se quer namorar comigo? - pergunto para confirmar. Seus dedos apertam a grade de proteção até os nós ficarem brancos.

- Não sei namorar! Nunca namorei, na verdade nunca tinha sequer beijado alguém - engole seco - Quer dizer não por vontade própria. 

- Aquele... aquele maldito?! - meu estômago embrulha, não é bem uma pergunta até porque tenho quase certeza da resposta.

- Da última vez que me encurralou no escritório ele me beijou. Depois que saí daquele inferno nunca mais deixei que homem nenhum se aproximasse, por isso que a ideia de casar com você me deixava tão desesperada - desvia os olhos para o horizonte, sinto como se levasse um soco bem no meio do peito.

- Olívia, sei que fiz tudo errado obrigando você a casar comigo, mas gosto de você de verdade! Ainda temos menos de 4 meses do nosso acordo, deixe-me demonstrar meus sentimentos nesse período! - a frase "amo você" vem na minha mente o tempo todo, mas sei que se disser ela vai se assustar e me manter longe.

- O que propõe? - me olha confusa

- Vamos começar como deveria ser. Aceite meu pedido de namoro. Vamos nos conhecer melhor com calma e se quiser terminar durante o prazo ou depois, prometo me manter longe.

- Preciso pensar! Amanhã nos falamos - se despede e entra na cabine

Fico torcendo para que minha principessa me dê uma chance, mas primeiro preciso resolver algo enquanto estou no Brasil. Confirmo que estou sozinho e ligo para Dante.

- Fala, Italiano! - ele atende no primeiro toque.

- Quero tudo que conseguir sobre uma diretora de orfanato, ela e o marido trabalharam lá a 11 anos atrás. Quero os dois para ontem, mando as informações que tenho por mensagem.

- Considere feito! - mando as informações sobre o orfanato e o período que Olívia esteve lá assim que desliga. Dessa vez esse maldito não me escapa.









Um mafioso aos seus pés ( Brutos que amam - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora