Capítulo 52

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Fiquei surpresa quando cheguei à rodoviária e encontrei Julia, Thiago, Paloma, Miguel e todos meus amigos.

- O que fazem aqui?

Thiago: Surpresa! - meu antigo chefe sorriu se aproximando.

Josi: Por que ta indo embora as pressas desse jeito?

Any: Não posso mais ficar aqui. - respondi sendo o mais sincera possível.

Derrick: A gente entende Any, mas você não pode ficar mais um pouco?

Neguei com a cabeça cabisbaixa.

Dulce: Any meu irmão não merece o que você está fazendo.

Any: Isso não é ele quem decide Dulce... Vocês sabem o que eu sinto por ele e que eu não posso ficar... Na verdade vocês nem deviam ter vindo. - senti meus olhos marejarem.

Maite: Achou mesmo que você ia embora sem se despedir de ninguém. - Maite sorriu.

Juliana: Vou sentir sua falta ainda mais agora que não estará mais morando aqui.

Any: Também vou sentir falta de vocês. - respondi enxugando o rosto quando lágrimas teimosas escorreram.

Meu ônibus foi anunciado e encarei todo mundo com uma dor no peito terrível.

Paloma: Boa viagem queria, vamos sentir saudades. - se aproximou e me abraçou.

Foi difícil segurar as lágrimas enquanto eu dava as costas pra todo mundo e entrava naquele ônibus. Vi meus amigos e segurei o corrimão com força pra não descer, sinceramente eu queria ficar, mas eu não sabia se seria capaz de ver Alfonso com Beatriz e sinceramente eu era covarde demais pra arriscar. Acenando a ultima vez eu dei as costas e quase pude ouvir a voz de Alfonso gritando meu nome.

Mas eu sabia que ele não viria, não adiantava eu ficar olhando pra trás e enrolando pra subir naquele ônibus, Alfonso não viria. Sentei na minha poltrona acenei para todo mundo mais uma vez e realmente como eu esperava o ônibus partiu e Alfonso não veio.

 

O sono impediu que eu ficasse chorando durante o caminho, ou talvez eu estivesse cansada de tanto chorar e por isso dormi facilmente. Só sei que acordei apenas quando o ônibus parou e de parada em parada, troca de passageiros eu fui percebendo o quanto ia ficando perto de casa e distante de Alfonso.

Quando cheguei à rodoviária apenas minha mãe me esperava o que não era de se estranhar já que todas as outras pessoas queridas pra mim estavam muito longe dali.

- Oh meu amor! - ela me abraçou e eu comecei a chorar.

Any: Me leva pra casa mãe?

Marichello: Claro filha, vamos. - minha mãe acariciou meu cabelo e me guiou.

Cheguei na casa que ela havia comprado recentemente e era metade do tamanho da nossa antiga casa. Suspirei colocando minha mochila em cima do sofá.

Marichello: Você ainda não tinha conhecido a minha casa. - minha mãe sorriu.

Forcei um sorriso tentando esboçar algum ânimo.

- É linda mãe, perfeita.

Marichello: Não é muito grande, mas pra uma mulher sozinha...

Any: Agora você não ta mais sozinha. - sorri e a abracei.

Marichello me abraçou com força e eu não me senti mais tão sozinha, pela minha mãe eu ia segui em frente, esquecer Alfonso e tentar voltar a ser feliz.

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