Capítulo 12

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Quando voltamos pro bar cerca de duas horas depois, eu me sentia estranhamente intima da família de Alfonso e consequentemente dele. Sua mãe arquiteta, seu pai advogado, Dulce terminando seu curso de moda e Maite fazendo de biologia, agora faltava descobrir que faculdade Poncho havia cursado ou estaria terminando.

Assim que desci da moto e ele me encarou senti meu coração acelerar, sem duvidas tudo o que tinha ficado sabendo dele, tinha servido pra uma coisa: fazer eu gostar ainda mais dele.

Any: Obrigada por ter me convidado, simplesmente amei ter conhecido sua família.

Alfonso: Eles também adoraram vc, vai ser difícil se ver livre deles agora. - sorriu.

Any: E quem disse que eu quero. - mordi a língua ao ver que tinha falado demais. - É... Seu pai brigou com vc? Eu vi que apareceu no jardim meio chateado.

Alfonso: Ele não gosta que eu faça essas viagens, tem o mesmo medo que a minha mãe, que eu morra e nunca mais volte. - deu de ombros.

Any: E vcs sempre se trataram assim?

Alfonso: Não, a gente só se distanciou um pouco de uns anos pra cá.

“Você quem se distanciou deles!”, pensei.

Alfonso: A gente se gosta, só preferimos manter as coisas mais formais assim mesmo, ele quis conversar a sós pra saber como estão as coisas e tentar me convencer a parar de viajar.

Any: Entendi... E agora que vc os viu... Vai embora, ou vai ficar mais uns dias? - perguntei com medo da resposta.

Alfonso: Vou ficar mais uns dias como sempre faço, depois eu vou.

Any: Ah ta! - assenti mordendo o lábio.

Alfonso: Acho melhor vc entrar, seu irmão deve ta estranhando a demora.

Any: Duvido. - resmunguei ainda chateada com ele. - E vc vai pra onde agora?

Alfonso: Me convenceram a passar a noite em casa, vai ser bom dormir no meu quarto de novo e não num hotel.

Any: Poxa isso é ótimo... Aproveita seu tempo com eles, eles sentem muito sua falta.

Alfonso: Foi isso que minha mãe te disse quando ficou a sós com vc?

Any: É, foi. - menti muito mal e ele estreitou as sobrancelhas parecendo não acreditar. - Bom, vou entrar, até mais. - sorri forçando a me despedir dele antes que dissesse algo mais que não devia.

Alfonso: Até mais. - assentiu e lhe estendi o capacete, sorrindo virei de costas. - Any!

Any: Oi?! - sorri me virando na esperança dele dizer algo em relação a nós dois.

Alfonso: Toma cuidado com aquele cara o Kuno.

Any: Por quê? - estreitei as sobrancelhas.

Alfonso: Eu não fui com a cara dele, faz o que eu disse, por favor. - respondeu pondo o capacete.

Fiquei encarando-o enquanto ele acelerava a moto e ia embora. Coloquei na minha cabeça que logo ele voltaria e que talvez ficando com a família ele resolvesse ficar definitivamente. Um pouquinho mais otimista entrei.

Kuno: Tava esperando vc. - disparou assim que me viu me assustando.

Any: Desculpa se me atrasei.

Kuno: Põe suas coisas lá em cima e desci quero te ensinar umas bebidas.

Assenti e fiz o que ele mandou voltando o mais rápido possível.

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