Capítulo 34

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Nosso camarim tinha bancos, mas só Paloma e Miguel ficaram sentados, eu e os outros resolvemos ficar de pé no parapeito que dava uma vista bem melhor e ampla do palco.

Alfonso parou atrás de mim e apoiou as mãos no parapeito, me prendendo. Virei o rosto pra encará-lo e não resisti ao sorriso dele, lhe dei um beijo. As mãos dele envolveram minha cintura e ele me fez ficar de frente pra ele e bem perto. Senti borboletas no estomago quando a língua dele invadiu meus lábios e de repente parecia que tudo tinha sumido e só estávamos nós dois.

Dulce: Da pra parar de sem-vergonhice.

Derrick: O show já vai começar viu?!

Alfonso grunhiu me soltando e sorri um tanta sem graça, me virei pra frente enquanto anunciavam a banda.

As cortinas desceram e minha ficha caiu quando vi meu irmão, Thomas e toda a banda em cima daquele palco, agradecendo, emocionados, a presença de todo mundo. Eles tinham nascido pra fazer aquilo e finalmente iam começar a brilhar. A primeira música que meu irmão começou a tocar falava de amor e da busca por nossos sonhos e pela felicidade, sorri achando a escolha excelente e totalmente apropriada. Chris havia composto aquela música quando conheceu Thomas e se apaixonou por ele.

As mãos de Alfonso envolveram minha cintura bem no refrão da música e ele beijou meus cabelos. Fechei os olhos sentindo o perfume dele e acariciei seus braços no ritmo da música. Como a própria melodia dizia todos os sonhos poderiam ser realizados e a felicidade estava ligada as pessoas que amávamos.

Fiquei impressionada com o tumulto na porta do camarim, mas estava disposta a esperar e parabenizar meu irmão, o show havia sido um sucesso e agora dezenas de pessoas congestionavam o corredor tentando falar com a banda. Nunca senti tanto orgulho do meu irmão.

- Any vou ver onde meu pai se enfiou, não sai daqui ta?

Assenti e ele me beijou antes de soltar minha mão e sumir no meio de toda aquela gente.

Maite: Oh Any fala que vc é irmã do vocalista, senão a gente vai ficar aqui até amanhã.

Any: Poncho foi procurar o pai de vcs pra gente conseguir entrar.

Olhei pra trás a procura dos dois, mas nem sinal. O corredor estava quente e eu estava com sede e calor.

- Gente vou pegar água ali atrás alguém quer?

Ucker: Não valeu. - respondeu e os outros também negaram.

Me afastei dois passos deles e suspirei quando tomei aquela água geladinha. Uma mão tapou minha boca enquanto um braço envolveu minha cintura e me arrastou pra trás.Me debati e tentei gritar, mas meu rosto foi tapado por um pano e o cheiro de álcool me envolveu e eu apaguei.

Acordei sentindo minha cabeça rodar, sem fazer idéia de onde estava e do que tinha acontecido.Senti minhas mãos e minhas pernas amarradas e tentei me debater pra me soltar.

- HEI! Alguém me ajuda. - gritei começando a ficar com medo.

- Calma ai bonitinha ninguém vai te ouvir. - sorriu com malícia.

O vulto se aproximou e as luzes se acenderam. Eu estava amarrada com cordas e dentro de um tipo de quarto, com alguns instrumentos musicas. Meu coração disparou ao ver o rapaz se aproximar, o mesmo rapaz que estava me encarando na entrada do ginásio.

- Quem é vc e porque fez isso comigo?

- Não esta mesmo se lembrando de mim Anahí?

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