Capítulo 25

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Às 20hrs eu me encarei no espelho, estava pronta, mas indecisa. Por um lado queria parecer linda, mais bonita que aquela maldita e fazer ele ficar arrependido de ter se envolvido com ela, mas por outro lado não queria parecer tão lindo assim pra ele achar que eu estava tentando me mostrar pra ele.

Indecisa sai na sala e encarei Thomas e Chris.

- Ta bom assim? Não queria algo nem exagerado, nem relaxado.

Chris: Ta perfeito... Bonita, elegante e não parece que esta tentando chamar a atenção.

Any: Ótimo, era isso que eu queria. - respondi suspirando.

A campainha tocou e Thomas e Christian saíram correndo da sala, respirando fundo abrir a porta.

Alfonso surgiu de smoking me deixando pasma e abobalhada e segurando um buquê de rosas vermelhas, ele estava simplesmente divido e me senti simples demais pra sair com ele. Pra mim ele estava começando a jogar sujo. Com aquele sorriso lindo ele estendeu as flores pra mim.

- Você esta linda... Que bom que aceitou o convite não via a hora de te ver.

Any: Não acha que mandou flores o suficiente? - apontei pra dentro do apartamento dele.

Alfonso: Você gostou? - sorriu torto.

Any: Flores são bonitas. - dei de ombros.

Alfonso: Então aceite mais uma, essa pessoalmente. - sorriu.

Any: Não sei se ainda tenho vaso pra elas? - mordi o lábio sem graça.

Alfonso: Aceita mesmo assim. - insistiu me encarando.

Com as mãos vacilando e o coração acelerado aceitei as flores, minhas mãos roçando nas dele.Deixei elas na mesa sabendo que Chris se encarregaria delas e antes que perdesse a coragem encarei Alfonso.

- Vamos de uma vez? - perguntei vacilante.

Alfonso assentiu e se aproximou pra me beijar, ainda ressentida virei o rosto e o beijo acertou a bochecha. Ele se afastou meio decepcionado, mas disfarçou com um sorriso.

- Espero que vc goste do jantar. - sorriu.

Forcei um sorriso e sai em seguida fechando a porta.

Me surpreendi quando meia hora depois Alfonso estacionou em frente à praia. Eu não estava entendendo nada até ver uma tenda montada, com uma mesa de jantar servida para duas pessoas. Um tapete vermelho traçava o caminho que íamos percorrer, impedindo que minhas sandálias afundassem na areia. Quando vi um grupo começando a tocar violino, achei que estivesse sonhando.

- A gente vai jantar aqui?

Alfonso: Sim...

Any: Alfonso por que ta fazendo tudo isso? - estreitei as sobrancelhas.

Alfonso: Ainda não entendeu?... To fazendo tudo isso pra vc.

Abri a boca pra responder, mas um homem se aproximou de nós e identifiquei que era o garçom, me perguntei quanto aquilo estaria custando pra Alfonso.

Sentamos um de frente pro outro e o garçom nos serviu. Fiquei surpresa ao ver ostras, camarão, lagostas e outras iguarias envolvendo frutos do mar. Alfonso sorriu e pegando a taça de vinho serviu nós dois. Meu coração e minha cabeça se perguntaram a mesma coisa: quanto tempo eu iria aguentar ficar brava com Poncho se continuasse vivendo aquele verdadeiro sonho?

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