Capitulo 13

17.8K 1.3K 178
                                    

Helena

Sinto dedos no meu rosto e acordo assustada.

- Ei querida, calma, sou eu, - Meu pai me olha com preocupação.
- Pai, - Sussurro.
- Helena seus olhos estão inchados, você estava chorando?
- Não.
- Helena é nítido. Minha filha o que houve?
- Nada, - Digo me sentindo nervosa.
- Helena, foi por causa do trabalho na universidade que não deu certo?

Ele segura minha mão de forma gentil, carinhosa, e é impossível não se emocionar. Isso me faz ter vontade de chorar mais uma vez, mas percebo que o melhor é dizer que sim, porque ele não vai desistir de querer saber porque chorei antes.

- Sim, - Minto.

Ele sorrir.

- Filha, que bobagem, não se apegue a isso, temos dinheiro o suficiente pra você começar a estudar e alugarmos uma casa, podemos até fazer uma viagem se você quiser.
- Oh pai, - Abraço ele, e dou vazão ao choro.

Se ele soubesse, ele não suportaria.

Eu me arrependo tanto de ter ido aquela casa quando ainda estávamos lá.

- Olhe pra mim, - Faço o que ele pede.
- Está com medo porque estou assim agora? - Ele aponta para o próprio rosto, que agora está com a deficiência após o AVC.
- Não pai, não pense...
- Helena, vai ficar tudo bem, eu tenho fé em você filha e preciso que tenha fé em mim.
- Eu te amo pai.
- Não mais do que eu amo você filha, e antes que eu esqueça, a Abigail está aqui, ela quer vê-la.

- Não mais do que eu amo você filha, e antes que eu esqueça, a Abigail está aqui, ela quer vê-la

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Meu coração erra uma batida, eu me sinto tão envergonhada. A verdade é que eu nunca mais poderia olha-la da mesma forma.

- Helena... Eu sinto muito, me perdoe, querida?

Sinto meus olhos arderem, estamos no pequeno quarto em que tenho dormido na casa da senhora Arnold.

- A culpa não é sua Abigail, - As lágrimas escorrem pelo meu rosto. Não consigo controla-las.
- Sim, é, - Ela suspira.
- Não, não é, - Me aproximo e ela se afasta.
- Abigail? - Sinto uma dor no meu coração.
- Me ouça, - Ela toma uma postura séria, rígida.
- Eu jamais devia ter tido a ideia de encaixar o seu pai como jardineiro daquela casa, se eu não tivesse feito isso, Héctor Greco não teria te visto.

A menção ao nome me faz arrepiar.

- Helena eu sou funcionária associada da organização Greco, eu devo obediência a ele, entende?
- O que? - Eu não entendo, mas sinto uma profunda tristeza.
- É isso mesmo que você ouviu, - O olhar dela é sério, mas triste.
- Ele me estuprou. Eu fui até lá por você, Abigail, - Minha voz embarga pelo choro.

Um silêncio horrível se faz presente.

- Helena, eu nunca vou me perdoar pelo que houve a você, mas eu continuarei exatamente onde estou. Eu não posso sair de lá...

POSSESSIVE DESIRE Vol.1 - 2ª Edição (GRECOS)Onde histórias criam vida. Descubra agora