Capitulo 43

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Helena

O anel é absolutamente lindo, o objeto mais impecável que os meus olhos já contemplaram.

O diamante reluz, perfeito, em um tom de azul vivido, quase do mesmo tom que os olhos dele.

Com a caixinha aberta em mãos, ele me olha. Há certa apreensão no olhar e nas feições, mas a postura, não deixa de ser a de sempre, hiponente, altiva e orgulhosa.

- Por que fez isso? - Questiono me sentindo enganada, boba e envergonhada pela minha reação impensada.

Ele esboça um sorriso sutil, e que pouco diz sobre as suas reais intenções.

- Se já tinha escolhido um anel, por que então me mandar escolher entre todas essas jóias? Por que me mostrar todas elas?
- Não importa. - Ele volta a me olhar um pouco mais sério e recolhendo o anel ao fechar a caixinha.
- Sim, importa, se não importasse, você não teria feito isso.

Ele da um passo atrás, como se procurasse evitar a minha proximidade.

- Eu precisava de pelo menos um pequeno sinal, de que você... - Ele parece relutante, inseguro como eu jamais o vi, - Me quer, que pode me aceitar...
- Jogou comigo, pra que eu manifestasse alguma aceitação?
- Helena, não importa, você disse que ia aceitar se eu tivesse escolhido um anel, então aceite, - Ele segura a minha mão, - Eu escolhi o anel, mandei desenhar e produzir, especialmente pra você.

O modo como ele me olha, toca, é gentil e paciente.

Por que? Por que eu estou sendo tão covarde com a minha própria dor, incapaz de desviar o meu olhar, incapaz de não se encantar com ele por completo agora.

Sendo conivente, obedecendo-o. Eu estou permitindo que ele faça tudo o que quer comigo.

- E se eu tivesse escolhido outro, como você mandou. O que faria com esse?
- Eu lhe daria ele, em um outro dia, em uma outra data, ele continuaria sendo seu.

Por que ele está sendo tão gentil, romântico?

Meu coração bate descontrolado, uma parte significativa em mim, só deseja se jogar nos braços dele, e aceitar tudo o que ele desejar me dar.

Porém, há uma parte que não me permite esquecer o que ele me fez. Ele me violou, agiu violentamente me ferindo de várias formas.

Um impulso, me faz correr.

- Helena... - Ouço a voz repreensiva.
- Helena,  não corra! - Esbraveja atrás de mim, porém eu o ignoro.

Tropeço na porcaria do terceiro degrau, e acabo caindo de joelhos.

- Aí, - Solto um gemido pela dor.

Uma frustração avassaladora me faz sentir pequena, insignificante.

- Helena! - Ele chega até onde estou desesperado, - Meu amor, você se machucou?
- Sim, e a culpa é sua, Héctor. - O acuso.
- Claro, a culpa é minha. - Ele concorda complacente.

Em um movimento ágil e rápido, ele me ergue entre os braços e não ofereço qualquer resistência.

Em um movimento ágil e rápido, ele me ergue entre os braços e não ofereço qualquer resistência

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POSSESSIVE DESIRE Vol.1 - 2ª Edição (GRECOS)Onde histórias criam vida. Descubra agora