POSSESSIVE DESIRE Vol.1 - 2ª Edição (GRECOS)

Epílogo

Alguns anos depois...

Hector Greco

O som das risadas e algumas vezes gritos simulados de guerra, me tiram a atenção, mas sinceramente eu não me importo. O menor, e as vezes o maior, passam correndo em frente a porta, ou a deliciosa mãe deles. Isso quando não invadem o escritório, fazendo dele um outro meio de refúgio.

Eu admito que é uma das melhores coisas da minha vida, ouvir esses sons repletos de alegria que ecoam pela casa. Eles se divertem enquanto eu tento por algumas coisas em ordem, tento a muito custo me concentrar nos papéis.

- Eu sou Cesar, imperador soberano de Roma. - O Heitor grita.
- Não é não, - O Nicolas debocha.
- Pegue a fugitiva soldado, não pode deixá-la fugir, - O Heitor interpreta seu papel.
- Ahh mais não vão mesmo, seus romanos de araque, - A voz animada, contagiante dela, me faz sorrir.

Eles gritam tentando pega-lá, e eu estou tentado a participar da brincadeira.

Ela está vestida com um traje típico feminino da Roma antiga, que a deixou sexy pra inferno. Eu a teria debruçado em algum lugar a me enfiado prazerosamente nela, mas os garotos estavam presentes, vestidos com suas fantasias de soldados, prontos para a brincadeira.

A Helena é excepcionalmente criativa e inteligente. Uma mãe maravilhosa, que cuida dos próprios filhos com prazer. Ela não deixaria os cuidados com eles unicamente sob a responsabilidade de babas, não, não ela.

Ela os ensina tudo o que pode, o que torna o aprendizado deles algo mais fácil e especial, fazendo uso da criatividade que ela tem aos montes.

Ela tem uma energia contagiante e corre pela casa fazendo todos os tipos de coisas na companhia deles.

- Ahh me proteja pequeno soldado?, - Ela pede rindo. - Esse som o da risada dela, é maravilhoso.
- Eu defendo você mamãe. - O Nicolas grita.

Olho para os números, consegui durante esse tempo duplicar a fortuna Greco, eu precisava dessa conquista depois dos desfalques de anos cometidos sob o comando do Vladimir, Também consegui estabelecer uma ordem necessária. Já está claro para aqueles que fazem parte da Organização a importância de seguir as regras, não admito desobediência, desordem.

Apresentei a Helena como minha esposa aos membros na Organização, pouco tempo após estarmos casados, antes do nascimento do Heitor, foi necessário para legítimar certas coisas.

Ela sabe que eu sou o dono de um banco, uma instituição de poder inimaginável, mas ela não sabe a extensão dos meus negócios. Ela sabe que os nossos filhos são herdeiros de um império, e também sabe que eu não sou um modelo típico de homem. Eu faço as minhas próprias regras, estabeleço metas, e busco alcançá-las, seja a que custo for.

Mas o mais importante, ela sabe o poder que tem, o poder sobre mim. Eu respeito a opinião da Helena, me importo com o que ela pensa e sente.

Eu sei que ela se esforça pra não me confrontar com relação a tudo, eu divido com ela alguns fardos e segredos, o que me faz muito bem, o que nos aproxima ainda mais, mas não tudo. É impossível dividir tudo, é desnecessário.

Não faria bem algum a ela, saber, ter a noção da sordidez que assola o mundo, ter a mesma noção que eu tenho.

Os portadores de todos os segredos, ainda estão crescendo.

A Helena, é a minha maior força, mas também o meu ponto fraco, e todos sabem disso, todos sabem que eu sou rendido pela minha esposa, basta um segundo no mesmo ambiente que nós, e isso ficar evidente pra qualquer um. São palavras do Francesco.