Capitulo 25

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Helena

Penso em simplesmente ignora-lo, mas não consigo. Uma raiva profunda pela situação injusta na qual eu me encontro, mesclada a uma espécie de vergonha parasitária, me deixam sem qualquer controle.

- Nunca conheci alguém igual a você, - Digo.

Meus dedos curtos, apertam com certa força os talheres.

- Tenho certeza que não. - Ele responde com certo orgulho.

Com os dedos apoiados no queixo, e os olhos cintilantes focados em mim, ele me encara, curioso.

- Um crápula, sem compaixão. Um homem sem caráter, um calhorda, manipulador, cruel, um demônio, - Passo a gritar.
- Nunca fui tão elogiado, - Ele me interrompe.
- Acha que eu não sei o que... o que fez?
- O que eu fiz?
- Me manipulou... Você...
- Eu? - Incentiva.
- Você sabe. Usou... Usou daquela sensação pra me manipular, mas não vai funcionar. Nada do que faça vai me fazer se quer simpatizar com você, - Falo séria.

Sentado em uma posição de imponência, porém relaxada, totalmente à vontade consigo mesmo, ele continua a me encarar.

- O nome da sensação carinho, é orgasmo, prazer. E se você sentiu foi porque no fundo queria, e claro, eu sou talentoso com o seu corpo... Aliás pode adicionar bom de foda, na listinha que você parece ter tanto apreço.   
- Eu não gostei.., - Me sinto tão indignada, que me ponho de pé.

Preciso sair de perto dele.

- Odeio você.
- Não desperdice o seu tempo e energia sentindo-se mal carinho, esse é apenas o início do nosso abismo infinito de prazer, - Diz com um sorriso malicioso, e não suportando mais ficar na companhia dele, saio praticamente correndo.

Dane-se se isso vai irritá-lo.

Meu rosto está quente, me sinto tão envergonhada, totalmente confusa.

Entro no quarto e me jogo na cama, não vou para outro porque não adianta, se eu for ele irá atrás de mim, eu sei que sim.

Me encolho e puxo a coberta, não consigo mais sufocar as lágrimas que insistem em escorrer pelo meu rosto.

Héctor Greco

Deixo ela ir, afinal não importa onde ela vá, irá dormir comigo. Quero aquele corpo pequeno e macio bem perto de mim.

Helena, tão ingênua. Mal sabe ela que me pertence em todos os sentidos da palavra, queira ou não. Eu a quero como jamais quis qualquer outra mulher, a verdade é que eu nunca senti uma centelha do que eu sinto por essa pequena, por qualquer outra.

A constatação me deixa muito surpreso, tão surpreso que paro de comer. Em poucos dias, ela me fez ter uma perspectiva da minha própria vida, que jamais tive.

Quando algo prendeu minha atenção de maneira tão irresistível? Nunca. Mas essa garota doce e simples, tão linda me deixa fascinado.

Ela nunca teve um orgasmo antes do que teve comigo, isso ficou bem óbvio. O que é impressionante, ela é tão pudica assim, ao ponto de se quer tocar-se.

A verdade, é que eu gosto disso. O fato de ela ser tão pudica, tão honesta, tão minha...

Essa sensação poderosa, de posse, desejo e algo mais profundo que corre desenfreada pelo meu corpo, me dominando é interessante. Tão humano, vivo, me sinto vivo como jamais senti antes.

Minha Helena, é isso, ela é minha, ela é o mais intenso dos meus desejos e nada nem ninguém mudará isso.

- Senhor! - A voz do mordomo me tira do meu estado de pensamento.

POSSESSIVE DESIRE Vol.1 - 2ª Edição (GRECOS)Onde histórias criam vida. Descubra agora