Hector Greco
Me recuperando da onda excruciante de prazer, enquanto puxo o ar, por entre os meus dentes cerrados, é que percebo o tremor do corpo dela.
Ela treme com tamanha intensidade, que posso sentir contra o meu corpo entorpecido, ainda sobre o dela, os movimentos espasmódicos. As coxas, os braços, as mãos, tudo está trêmulo.
Droga! O que está havendo?
Os lábios que habitualmente são rosados, agora estão pálidos, assim como a pele tão viçosa, adquire um tom cadavérico.
- Helena! - Me movo tomado por preocupação repentina.
Ela geme de uma forma dolorosa, no momento em que saio dela.
Os olhos verdes, sempre tão lindos, agora repletos de lágrimas, e de uma tristeza e dor, profundas.
Eu a feri profundamente.
Ela se encolhe assim que me afasto.
Fecho a calça, e em um estado de agitação, e temor que experimentei poucas vezes na vida, toco-a.
- Helena, olhe pra mim. - Ela continua a tremer, como se sentisse um intenso frio, porém o ambiente está devidamente aquecido.
A pele macia está fria, o olhar distante do meu, de qualquer coisa a nossa volta.
Coloco-a entre os meus braços e ela não oferece qualquer resistência, apenas continua a chorar e tremer, extremamente fragilizada.
Maldição!
- Para de chorar carinho, você precisa se acalmar, - Seguro-a, apertando-a entre os meus braços, ambos ainda sobre o carpete.
O corpo pequeno em comparação ao meu, tão frágil, parece congelar pouco a pouco.
Perdido quanto ao que fazer, mas desesperado por fazer algo, beijo o rosto dela que permace cada vez mais frio.
- Carinho, por favor, olhe pra mim. - É como se ela estivesse imersa em uma outra realidade, - Helena. Droga! Eu preciso que olhe pra mim, - O temor me domina.
Levanto-me com ela nos braços. Ando a passos urgentes até o banheiro. O corpo dela ainda trêmulo e frio.
Tomado pela urgência de aquecê-la, coloco-a na banheira com cuidado, exatamente como está, com as roupas e os sapatos.
- Você precisa aquecer. Eu vou ligar a água, tudo bem, - Falo, mais pela necessidade de tentar me comunicar com ela de alguma forma, do que obter qualquer permissão.
O som da água quente, preenchendo a banheira em torno dela, que está encolhida abraçando os próprios joelhos e ainda trêmula, é tudo o que se ouve no ambiente.
Me vejo implorando internamente pela sorte de um único olhar, de uma palavra, qualquer coisa que não o semblante vazio e distante.
Uma agonia crescente me faz suspirar.
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POSSESSIVE DESIRE Vol.1 - 2ª Edição (GRECOS)
Romance🔞 Dark Romance Hector Greco, é um homem de natureza extremamente prática e impiedosa, um homem que mantém as próprias emoções sobre controle. Futuro herdeiro de um império que acumula problemas sob a gestão do pai instável, ele sabe que precisa to...