Capitulo 29

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Hector Greco

Me recuperando da onda excruciante de prazer, enquanto puxo o ar, por entre os meus dentes cerrados, é que percebo o tremor do corpo dela.

Ela treme com tamanha intensidade, que posso sentir contra o meu corpo entorpecido, ainda sobre o dela, os movimentos espasmódicos. As coxas, os braços, as mãos, tudo está trêmulo.

Droga! O que está havendo?

Os lábios que habitualmente são rosados, agora estão pálidos, assim como a pele tão viçosa, adquire um tom cadavérico.

- Helena! - Me movo tomado por preocupação repentina.

Ela geme de uma forma dolorosa, no momento em que saio dela.

Os olhos verdes, sempre tão lindos, agora repletos de lágrimas, e de uma tristeza e dor, profundas.

Eu a feri profundamente.

Ela se encolhe assim que me afasto.

Fecho a calça, e em um estado de agitação, e temor que experimentei poucas vezes na vida, toco-a.

- Helena, olhe pra mim. - Ela continua a tremer, como se sentisse um intenso frio, porém o ambiente está devidamente aquecido.

A pele macia está fria, o olhar distante do meu, de qualquer coisa a nossa volta.

Coloco-a entre os meus braços e ela não oferece qualquer resistência, apenas continua a chorar e tremer, extremamente fragilizada.

Maldição!

- Para de chorar carinho, você precisa se acalmar, - Seguro-a, apertando-a entre os meus braços, ambos ainda sobre o carpete.

O corpo pequeno em comparação ao meu, tão frágil, parece congelar pouco a pouco.

Perdido quanto ao que fazer, mas desesperado por fazer algo, beijo o rosto dela que permace cada vez mais frio.

- Carinho, por favor, olhe pra mim. - É como se ela estivesse imersa em uma outra realidade, - Helena. Droga! Eu preciso que olhe pra mim, - O temor me domina.

Levanto-me com ela nos braços. Ando a passos urgentes até o banheiro. O corpo dela ainda trêmulo e frio.

Tomado pela urgência de aquecê-la, coloco-a na banheira com cuidado, exatamente como está, com as roupas e os sapatos.

- Você precisa aquecer. Eu vou ligar a água, tudo bem, - Falo, mais pela necessidade de tentar me comunicar com ela de alguma forma, do que obter qualquer permissão.

O som da água quente, preenchendo a banheira em torno dela, que está encolhida abraçando os próprios joelhos e ainda trêmula, é tudo o que se ouve no ambiente

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O som da água quente, preenchendo a banheira em torno dela, que está encolhida abraçando os próprios joelhos e ainda trêmula, é tudo o que se ouve no ambiente.

Me vejo implorando internamente pela sorte de um único olhar, de uma palavra, qualquer coisa que não o semblante vazio e distante.

Uma agonia crescente me faz suspirar.

POSSESSIVE DESIRE Vol.1 - 2ª Edição (GRECOS)Onde histórias criam vida. Descubra agora