Capitulo 26

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Helena

Depois do momento constrangedor com o Sr. Philips agora tenho certeza que todos irão me tratar de forma distante, nem mesmo o café consegui tomar.

A mesa é absurdamente repleta de coisas para um café da manhã mais que farto. Um absurdo de alimentos para uma única pessoa, nesse caso duas.. Só consigo imaginar onde irão parar. Muitos dos itens expostos, se quer foram tocados.

Silenciosa, entro na cozinha e todos me olham como se eu fosse um fantasma, ou algo parecido

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Silenciosa, entro na cozinha e todos me olham como se eu fosse um fantasma, ou algo parecido.

Os olhares atentos e alarmados, me fazem sentir-se péssima.

- Bom dia! - Me dirijo a todos.
- Bom dia senhorita! - É a reposta que ouço em sussuros mais que frios e distantes.
- Senhorita, deseja algo?, - A Abigail me olha com ar de constrangimento.
- Até você Abigail. O que está acontecendo? - Sinto-me magoada.
- Eu sinto muito querida, mas estamos seguindo ordens, apenas isso, devemos tratá-la como tal.
- Como tal? E o que significa isso?

Vejo ela se aproximar cautelosa e segurar as minhas mãos com carinho.

- Querida, você é, é...
- O que? - Sinto o amargor da minha pergunta, e os olhos dela me focam com piedade estampada neles.
- A noiva dele...

Um tremor me faz arrepiar.

- Noiva? - Balbucio.
- Sim, e devemos tratá-la com o devido decoro que dirigimos a alguém que ocupa esse lugar, essas são as ordens.

Sinto um calor inexplicável me invadir por completo, minhas mãos soam instantaneamente, e o meu coração perde o ritmo.

- Eu não sou noiva dele, não sou, - Meus olhos ardem.
- Querida...
- Você sabe que não, eu, estou sendo obrigada, nada disso... - Perco a força na minha voz, me sinto quase sem energia, minha vontade é apenas de sumir.
- Quem disse isso? - Murmuro antes de virar de costas, e sair.
- O próprio Senhor Greco, antes de sair hoje mais cedo.

Ela me olha com certa atenção e não suporto mais permanecer no lugar.

Saio a passos lentos, quase como se eu não tivesse noção dos meus sentidos.

Talvez eu estivesse menos confusa se ele tivesse me rotulado como algo um pouco mais sórdido, mas noiva. Qual o problema desse homem, ele tem sérios problemas mentais, essa é a única explicação plausível.

Quem em sã consciência obriga alguém a ceder aos seus desejos, viola o corpo e alma, como ele fez comigo e ainda crê que somos noivos, porque isso?

Héctor Greco

- E então, você tem uma resposta sobre isso, ou eu vou ter que ser mais incisivo?

O homem, que parece mais um fantasma que restou do que provavelmente fora um dia, me olha com ódio evidente.

A pele flácida e tão cinzenta, que é possível ver algumas pequenas veias roxas. Um físico de alguém que excedeu em muitas coisas, comida talvez mais que outras coisas...

POSSESSIVE DESIRE Vol.1 - 2ª Edição (GRECOS)Onde histórias criam vida. Descubra agora