Capitulo 34

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Helena

- A sua... Ela... Ela me empurrou, e eu não sei nadar, - Falo, incapaz de conter o choro, sentindo uma espécie de mágoa cortante e inevitável, por imaginar que ele possa ter algo com ela.

As lágrimas quentes escorrem pelo meu rosto, eu as sinto, mesmo estando molhada, e tremendo muito. Minha garganta e as vias nasais, ardem de forma insuportável.

O olhar dele sobre mim é uma mistura, de pânico e raiva.

Eu vou te matar, - A voz dele soa como algo mortal, ao olhar em direção a Pâmela.

- Hector, eu não sabia que ela não sabe nadar. Quem não sabe nadar e está em uma piscina... - Ela faz uma perfeita expressão de inocência.
- Cala a boca! - Ele fala em um tom de voz tão elevado, que me assusto.
- Hector eu juro, se eu soubesse...
- Pra você é senhor Greco, não fale comigo em tom de intimidade, maldita, - Ele continua a gritar, enfurecido.

Tudo a minha volta parece embaçar. Não consigo conter o frio que se apossa de mim, o enjôo me faz vomitar.

- Está tudo bem agora, Liebe, - Ele acaricia minhas costas e segura os meus cabelos.
- Está ardendo, a minha garganta, e eu me sinto enjoada - Falo me sentindo sufocada.
- Vai melhorar, eu prometo.

Ele me ergue nos braços, sem se importar com o número significativo de homens presentes, e também a Abigail, todos com seus olhos atentos sobre nós.

- Carter! - Ele fala com o homem de estatura baixa e traços asiáticos que está em uma posição rígida, e dá um passo a frente imediatamente.
- Senhor.
- Me aguarde aqui, com... A visita.
- Sim, senhor.
- Hector, por favor, eu não fiz nada...

Os balbucios desesperados da Pâmela, ficam para trás, a medida que ele anda a passos largos.

- Senhor, deseja que eu ajude de alguma forma? - A Abigail nos segue, parecendo agitada.
- Mande chamar o médico, quero que ela seja examinada, e mande preparar algo quente que ela goste de comer, após isso suba, pra fazê-la companhia.
- Eu quero o meu pai, por favor Hector, o meu pai, - Peço sem olha-lo nos olhos, sem ver sua reação quanto ao meu pedido.

Me encolho nos braços dele, fortes e tensos, que está tão molhado quanto eu.

Me sinto enjoada, o ardor não passa, até mesmo o ato de respirar agora, queima.

- Vou te dar um banho quente e o frio vai passar, você vai ver, irá se sentir melhor.

A forma terna, e o tom de voz tão suave e afetuoso com o qual ele fala comigo, me fazem sentir-se ainda mais vulnerável, isso me faz dar vazão a mais lágrimas, a sensação de carência e magoa me fazem encolher nos braços dele.

Eu não devia me sentir assim, tão vulnerável a ele.

Ridícula! Eu sou ridícula!

Ridícula! Eu sou ridícula!

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POSSESSIVE DESIRE Vol.1 - 2ª Edição (GRECOS)Onde histórias criam vida. Descubra agora