POSSESSIVE DESIRE Vol.1 - 2ª Edição (GRECOS)

Capitulo 40

Hector Greco

- E então, o que significa isso Francesco?

Lanço a pergunta assim que sento na minha cadeira no escritório.

- Significa que eu estou noivo, Hector.

Ele responde sem me dirigir o olhar, sua atenção visual está voltada para a coleção de livros sobre a minha mesa.

Eu não queria deixar a Helena fazendo companhia aquela mulher, porque está claro que ela é perigosa, mas eu precisava ouvir uma explicação do meu amigo, no entanto, eu sou capaz de desmembrar aquela loira mal caráter, caso ela ouse tentar se aproximar da minha Helena.

- Noivo? Noivo de uma mulher que... Não tem absolutamente nada haver com você, e que quando fala parece irrita-lo ao extremo?
- Não, ela não tem nada haver comigo.
- Então, por quê?
- Eu posso dizer a você sem grande orgulho que eu fui enganado, não só por ela, mas pelos meus próprios pais, eles confirmaram aquilo do que veem me acusando há anos, fraqueza. Eu fui ridiculamente manipulado.

Ele cruza os dedos, ao falar, o semblante infeliz e completamente auto depreciativo.

O velho Serrano sempre foi um associado capaz de cumprir com as suas funções, mas a relação dele com o filho nunca foi exatamente cordial. Sempre desmerecendo essa lado humano do Francesco, a sua capacidade de empatia.

- Você não tem que se casar com alguém que considera tão desagradável meu amigo, sabe disso. Me diga qual é o problema, por que os seus pais parecem inclinados a negociarem com Frank Bennon. Basta me dizer e sabe que eu posso dar um jeito.

Ele me olha relutante.

- Você realmente me considera seu amigo?
- Que pergunta é essa?
- Você sempre se porta como se fosse desprovido de emoções Hector, exceto pela jovem lá fora, e por mim agora.
- Francesco, isso não é uma sensação de terapia emocional. Eu sou seu amigo e sempre demonstrei a devida consideração, agora vamos voltar ao que interessa.
- Ela está grávida, Hector... Grávida! - Da boca dele parecem sair palavras amargas, agourentas para os que crêem.

Uma gravidez, que conveniente.

- Que importância isso tem? Você não é casado com ela. Isso pode ser resolvido. Além do mais, o pai dela não é parte da organização, e nunca será.
- Hector, eu não estou feliz com isso. Não, eu não estou. Fizeram uso de um lado meu que eu sempre lutei pra manter intacto, apesar de tudo que me rodeia, e agora eu me sinto preso em uma teia, feito um covarde. - Se exalta, não comigo, mas com sua própria situação.
- Você não é covarde Francesco. A sua força e apenas... Diferente.
- Diferente? Não, eu sou fraco. Eu não sou capaz de... De fazer algo contra ela, contra o bebê.
- Você não sabe se essa criança é sua. - Argumento.
- Eu sinto dizer que é, ao menos tem todas as chances de ser.

Me ponho de pé pela impaciência.

- Você precisa fazer alguma coisa, não pode ficar ponderando tudo Francesco, porque enquanto você reflete, e age com sentimentalismo e honestidade, os seus inimigos tramam da forma mais sórdida.
- Eu sei...
- Sabe?
- Hector, eu não quero ter que resolver isso agora, nesse instante.
- Por que a trouxe aqui? - Questiono.

Tem de haver uma razão plausível pra ele se atrever a trazer outra pessoa na minha casa.

- Eu queria que você fizesse o seu próprio julgamento, que você podesse ver, pra quem sabe me compreender...
- Compreender como deixou se enganar?
- Sim. Não se trata apenas da beleza, mas ela fingiu bem... me adorar, - Fala com amargor.
- Se apaixonou por ela?
- Não! Isso não, mas eu a considerava agradável, até me dar conta de tudo.