Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito.
- AristótelesChegando no Hotel Belo Jardim (depois de várias multas de alta velocidade)
- Como assim! - Esperneia Liam novamente com outro policial.
Seus músculos saltavam de tanta raiva que estava sentindo, Anne sumiu, e estou meia hora encarando esse maldito hotel pensando aonde ela teria ido. Porém não é novidade, ela é famosa por desaparecer, principalmente quando está levemente alcoolizada. Talvez somente isso nos assemelhe, eu e Anne e a nossa capacidade de tomar péssimas decisões bêbadas.
Se eu fosse uma loira, de estatura média, com um problema que fiz questão de não contar para a melhor amiga que esta com raiva por ter que se perguntar aonde ela estaria, iria?
Primeiramente, Anne não conhecia esse lugar, soube da existência por causa da foto na minha escrivaninha. Tem muitas fotos no meu quarto, principalmente de lugares em que visitei, e se ela pegou uma foto, pode ter pegado mais!
- Liam! - Gritei, enxergando o miúdo pequeno policial atrás dele. - Acho que sei aonde ela pode ter ido.
- Aonde? - Me encara.
- Na casinha abandonada perto do rio! - Aperta as sobrancelhas.
- Por que ela iria lá? - Rosnou.
- Porque ela está indo! - Sibilei.
- Como você sabe que ela esta indo pra aquele lugar? - questiona, cruzando os braços.
- Porque foi assim que ela encontrou esse lugar, com as minhas fotos, e ela pode seguir as outras! Ir aos outros lugares. - Sibilei, encarando meus pés, por favor não pergunte os lugares!
- Quais são os lugares das fotos?
- Todos em que estivemos... - Merda. - Acho que ela pode ir nesses lugares, por causa das fotos. Mas não tenho certeza, então eu vou naquela casa e você faz aquela coisa policial.
- Vou com você. - Falou e nada a mais.
Ele dirigia agora, minhas pálpebras estavam tão pesadas, e ficavam cada vez mais perto do escuro, do descanso, do precioso sono, quando surge uma voz me despertando:
- Nós lugares em que fizemos? Ou em todos?.
- Como? - engasgo.
- você ouviu! Responda. - reafirmou convicto.
- Anne esta desaparecida! - Sussurro. - É nisso que devemos focar.
- Estou focado. - Reptiu insistente. - Responda.
- Não sei. - Menti. - Não me lembro.
- Anne está desaparecida, pode muito bem estar correndo perigo, preciso da resposta. - Falou ele com toda a odiosa verdade.
- Acho que sim. - Sibilei. - Não sei! Já faz muito tempo, eu não lembro.
- Eu lembro.
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8 Anos
أدب نسائيTheri, aquela que estava tão perto de colocar a vida nos eixos, de esquecer completamente o passado e suas dores, de esquecer lembranças boas que traziam o gosto amargo do fim, de esquece-lo. E de finalmente ter uma vida tranquila, assistindo séries...