Capitulo 03

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Amor: 4 Letras, 2 vogais, 2 consoantes, e 2 idiotas.

-Bob Marley

Suas mãos estão envoltas em meu corpo, eu poderia dizer que explodi com aquela sensação, entretanto aquele sentimento impulsivo não era novidade, o reconhecia de anos atrás, talvez nem se quer seria capaz de esquecer.

- Pare! - Sussurro.

- Não estou correndo, e nem desejo Catherine, e você não parece querer isso também. - Sua face se refletia naquela luz. 

- Como sabe o que eu quero?. - O questiono autoritária, e o mesmo contrai o maxilar em irritação, outra coisa não inédita.

- Seus lábios são capazes de mentir, o oposto de seu corpo querida. 

- E desde quando virou um vidente corporal. Querida?. - Se o maxilar estava contraído, agora está trincado, e minha meta era que seus dentes se quebrassem como ele havia feito com o meu orgulho a me segurar daquela maneira. E continuar com o ato.

- Querida? - Sua voz saiu ameaçadora. - você me chamava de querido, esqueceu amor?

- Não tenho a menor ideia do que está falando, amor... - Suas mão cerram em um punho ainda coladas em mim, seu rosto aparenta estar furioso, continuo não estando surpresa. 

- Quer que eu clareie sua mente. - Engulo em seco. - Não é algo muito complicado, talvez com uma leve aproximação. - Seu rosto praticamente encosta no meu. - talvez com um movimento firme? - Suas mãos apertam. - Ou será necessário um beijo raivoso? - Ele vai gradativamente diminuindo o espaço entre nos, posso sentir seu cheiro de pólvora e seu lábios ao se abrirem liberam seu gosto de menta, está tão perto como costumava sempre estar. 

Um barulho nos tira de nosso devaneio, a porta estava sendo aberta, ele se afasta com um sorriso calmo de quem provou algo a si mesmo. 

- Esqueci a chave do carro de novo. - Diz ela visivelmente pensativa. - Sem sangue nas paredes? E aparentemente continuamos tendo um telhado, perdi alguma coisa?

- Uma barata. - Digo como primeira desculpa que veio na minha mente que poderia explicar todo aquele ar tenso. E logicamente querendo irrita-lo.

- Uma barata? - pergunta ela duvidosa.

- Isso! Chegou voando, você tinha que ver seu irmão gritou como um menininho assustado.

- Eu o quê? - Ele olha incrédulo.

- O Liam? - Pergunta. - Tem certeza?

- Absoluta, e eu como uma boa heroína o salvei!

-Okay. - ela diz estranhando cada palavra, e calando o Oficial junto ao seus argumentos.

- Vou sair, como eu tinha dito anteriormente. - Anne encara o nada puxando o queixo de modo interrogativo.

Não posso continuar com essa novela mexicana de amor e ódio, por mas que não haja nenhum amor! Eu acho. 

- Anne eu... Eu vou com você. - Minhas palavra saem com incerteza, pude ver mesmo não o vendo de fato, o seu sorriso de canto. 

Antes de fechar a porta olho pra ele mais uma vez, está parado com aquele olhar de que observa uma presa, o mesmo que lhe devolvo.

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