Capítulo 33

1.3K 74 2
                                    

" As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar."
-Leonardo da Vinci.

- Por que? - Resmungou Anne, fixando na imagem do seu irmão me agarrando prensada numa parede.

- Porque... - Liam procurou me avisar sem usar palavras, que eu o odiaria pelo que ele viria a fazer, mas no fundo sempre soube, ele não era o tipo de pessoa que desiste ou se esconde. - Porque nós temos um caso a mais tempo qur você possa imaginar, nos conhecemos a oito anos, e a oito anos eu a amo, ninguém sabe sobre nós, e pelo jeito nunca vão, porque eu sou bom em ser segredo, sou bom em ficar com ela sem que nenhum de nos assuma riscos, e eu tenho culpa nisso, não queria me envolver, só que nos separamos, porque eu fui idiota o suficiente para pensar qur ficaríamos melhores assim, mas é que sempre brigamos! Sempre! Eu só pensei que amar não é desse jeito, porém amar a Theri não é nada normal, eu a quero de volta, mas eu sei que ela não fará disso uma tarefa fácil porque eu a machuquei, sei que sim! Mesmo que ela nunca admita, também sei que ela sempre me amará, mesmo não querendo. Entretanto, tem uma coisa que ela não sabe! Eu não vou desistir, e no final eu vou tê-la, é um aviso prévio, do que eu vou ter! E eu vou ter, Theri!

- Am... - Gemeu Anne com os olhos abertos, como duas bolinhas preparadas para sair pulando. Estou exagerando, tem a bolinha preta dentro da branca, fora isso... Tudo parece provável. - Eu quis dizer, porque estão me seguindo.

- Legal sua pergunta. - Digo, com a voz falha, o rosto vermelho e molhado. - Seu irmão vai te responder.

- Eu quero saber, o que está acontecendo com você! - Ele suspirou constrangido. - Sumiu, mentiu e fugiu!

- Bem... - Anne me encarou. - primeiramente, QUE PORRA TÁ ACONTECENDO? E secundariamente, NÃO TE INTERESSA!

- Minha garota. - Disse, não negando o sorriso em meu rosto.

- É... E pelo jeito você é a garota do meu irmão! - Seus dentes rangeram.

- Ei! Você transou com meu noivo. - Resmunguei.

- Ex-noivo. - corrigiu ele furioso.

- Quer saber? Preciso de uma bebida. - Avisei, saindo em direção ao carro, Liam e Anne me seguiram discutindo.

- Vamos colocar tudo em pratos limpos! - Falei, ligando o carro e nos levando para o primeiro bar que encontrei.

Sentamos na primeira mesa do fundo. Pedimos uma garrafa de vodca, e dividimos. Quando já poderíamos nos considerar bêbados, as verdades começaram a sair, uma pesquisa que li certa vez, dizia que o álcool aciona uma parte do cérebro responsável pela honestidade, e naquele momento, honestidade era o que ninguém precisava.




8 Anos Onde histórias criam vida. Descubra agora