Pedras no caminho? Eu guardo todas. Um dia vou construir um castelo.
- Nemo Nox.
Sou deixada sozinha, algo que eu devia começar a me acostumar. Subo as escadas e entro no meu quarto. O som das batidas do meu coração ecoam nos meus ouvidos, como ele consegue ser tão irritante? Como consegue me fazer respirar daquela forma tensa e perigosamente apressada.
- Theri? - Grita alguém à porta.
- Oi? - Respondo sem abrir.
- É a Maria, vamos fazer miojo, vem comer. - disse, depois de um quieto momento em que a escutei descendo as escadas.
Eu o quero. Não acredito que estou aceitando esse fato! Mas se ele acha que pode fazer joguinhos comigo sem ter volta. Ele não sabe de nada, absolutamente nada.
- Por que subiu? - Questionou Ju, assim que apareci.
- Estava sem fôlego? - Perguntou Liam, enquanto todos se voltaram para emcara-lo. - Ela disse que não conseguia respirar.
- Não, aquilo não era nada. - Respondi. - Já tive muito piores.
- Aconteceu do nada? - Questionou Gabriel. Enquanto admirava no canto dos olhos a mandíbula tensa do Senhor Liam.
- É, acontece sem motivos. - Sorri, querendo o fim daquela conversa.
- A bomba de água parou. - Resmungou Elias. - Quem vai lá ver?
- Eu vou. - Falei prontamente, pensando no cheiro bom de natureza que estaria exalando lá fora.
- Eu te acompanho. - Falou Liam.
Saímos, sem que ninguém percebesse.
- Quem? - A voz rouca reinou naquela sereno da noite.
- Que? - Apressei o passo.
- Quem lhe deixou mais sem fôlego do que eu? - A voz ficou ainda mais bruta.
- Não lhe devo satisfações. - Virei em sua direção, andei dois passos perto de seu corpo. - Ciúmes?
- Não... - Murmurou encarando meus lábios.
- Pois eu acho que está. - Me aproximo ainda mais e quase encosto em seu rosto, com uma leve ajuda das pontinhas dos pés.
- O que... Está fazendo? - Ele engasga, e eu gargalho por dentro.
- Está assustado? - Questiono, me aproximando ainda mais. - Se eu fosse você, estaria!
O agarro pela sua camisa o encosto em uma árvore e o beijo, um beijo intenso e necessário para minha sanidade, suas mãos descem, assim que a surpresa se esvai. O solto e volto a andar normalmente, girando o botão da bomba, e o vendo com a boca levemente aberta, nos olhos? querendo mais, no orgulho? Talvez me odiando. O puxo lhe dando outro beijo na volta, sentindo nossos lábios selados, seu cabelo entre meus dedos, e suas mãos em lugares proibidos, porém nada podia falar, as minhas não estavam em locais apropriados também.
- Se eu pedir. - Começa Liam, assim que estamos próximos da casa. - Me beija de novo? Várias vezes? Até quando sairmos daqui?
- Pedi! - Ordenei.
- Esse pode não ser o nosso último beijo, e sim o começo de um número infinito? - Sorri, por estar no controle, e por estar perdida.
- Pode. - Adentrei, antes que me puxasse para outro incansável duelo de lábios, boca e mãos.
- Por que demoraram tanto? - Perguntou Maria.
- Nós nos perdemos. - Falei, tentando não ficar rubescida.
- Achei que nunca mais sairiamos daquela floresta. - Adicionou ele, cochichando o resto da frase em meu ouvido. - E eu adoraria.
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8 Anos
ChickLitTheri, aquela que estava tão perto de colocar a vida nos eixos, de esquecer completamente o passado e suas dores, de esquecer lembranças boas que traziam o gosto amargo do fim, de esquece-lo. E de finalmente ter uma vida tranquila, assistindo séries...