Alguns infinitos são maiores que outros.
John Green.
O sol estava tão quente que implorei para que o mesmo voltasse a ser ofuscado pelas nuvens.
Meus ouvidos se encontravam parcialmente surdos, meus ossos estavam fazendo sons estranhos, e sintia minha língua áspera pela falta de água.- Vamos começar a tortura. - Nem seria tão horripilante ouvir isso, óbvio que soaria menos estúpido se não fosse cantarolado pelo meu adorável monitor. - Vamos começar com uns exercícios para esquentar. -Brandou Liam com um certo divertimento transparente.
- Acabamos de subir 3 Km de terra, não acha que já fizemos o exercício? - Replicou uma menino chamado Leonardo, exatamente o que eu pensava. Porém Liam permaneceu em um silêncio assustador até ele completar a frase. - Senhor...
- Bem. - Começou ele após o "Senhor". Que ego enorme. - Essa caminhada não é nada, se a compararmos com os exercícios que faremos agora.
Corremos por incontáveis minutos, com todos os oficiais gritando para seus criminosos, em especial o meu adorável ditador sanguinário. Mas apesar de todo o cansaço que eu estava sentindo (Basicamente implorando para não desmaiar), não deixei que ninguem notasse, seria pior se tivesse descumprido as regras, pois fingir não estar sendo afetada por aquele turbilhão de fadiga que me estraçalhava as costelas implorando para que meu pulmão recebesse mais ar, fez o "Senhor Liam" querer me castigar.
De volta a casinha onde ne alogei, na qual a janela extremamente pequena me pareceu uma saída ocasional caso Liam houvesse trancado a porta, porém estava aberta.
As estrelas estava deslumbrantes, e minha mente vivia no apocalipse, o que tornou o céu muito bonito, principalmente pelo despensamento na qual me atingia.
Eu precisava escrever, era uma necessidade, tinha tantas informações naquela natureza, tão diferente da floresta de concreto da cidade, e nenhum animal lá usava gravata, não se comportavam como queriam, e sim como vieram ao mundo. Entrei abri a bolsa e achei minha pequena agenda.
Preciso daquele lápis raciocínei, não tenho outro e não dormiria sem antes relatar na escrita aquele sentimento, e se não fizesse não suportaria o outro dia de exercicios sem dormir.
Meus músculos da perna e braço estavam torturantes.
A porta do dormitório dele estava levemente encostada, a empurrei delicadamente e entrei, era igual ao meu, com uma cama de colchão fino, um escrivaninha sem gavetas, de diferente apenas havia um armário.
Fui lentamente procurando o lápis, não estava na escrivaninha, e minha direção agora era para o armário. O senhor Liam estava tão calmo, e apesar de dormindo parecia tão auto-suficiente, entretanto continuei minha invasão.- Por que está no meu quarto Catherine? - Uma voz rouca e extremamente séria me assustou. Meu corpo se arrepiou.
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8 Anos
ChickLitTheri, aquela que estava tão perto de colocar a vida nos eixos, de esquecer completamente o passado e suas dores, de esquecer lembranças boas que traziam o gosto amargo do fim, de esquece-lo. E de finalmente ter uma vida tranquila, assistindo séries...