Não existe solidão pior do que aquela que a gente sente
Enquanto estamos cercados por pessoas que amamos
Não existe sensação pior do que estar doente
Cegado por inseguranças de tantos tamanhosÉ, eu sei muito bem quando isso começou
Eu lembro de me sentir deixado de lado
Lembro de quando esse sentimento me dominou
E até hoje do meu dia-a-dia consome um bocadoHaja vista que um acontecimento trivial
Carrega consigo esse sentimento tão insuportável
Em meu peito irradia essa dor visceral
Um turbilhão que me irrompe de um jeito palpávelE ainda que eu tente vencer rapidamente
Nunca consigo afastar essa solidão
Acho que me fechei tanto que me tornei inexistente
Um zero à esquerda no meio da multidãoAcho que nem consigo acreditar em nenhuma palavra positiva
Porque eu já tentei e ainda tento mesmo agora
Mas isso tudo se transformou em uma jornada cansativa
Cansei de me sentir perdido no mundo aforaAcho que cair de um lugar alto
Não faz a próxima queda ser menos dolorosa
Achei que estava pronto para o salto
Mas novamente se converteu em uma experiência tenebrosaAcho que há muito tempo perdi meu eixo
Não sei muito bem o que fazer para recuperar
Não consigo conter as coisas de emergirem, apenas deixo
Já tem muito tempo que decide não controlarPor que em meus pensamentos sempre estou perdido?
Se tem uma coisa que eu não deixo de saber
É que eu não nasci pra ser esquecido
Mas por que parece tão fácil me esquecer?
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aonde foram as borboletas • volume 1
PoesíaUma coletânea de poemas sobre ansiedade, medos e inseguranças. "Meu estômago se enche de borboletas. Então é aí que elas estão?" • • • • • • #3 em poesia (03/10/2021) #2 em poesia (04/10/2021) #12 em poesia (06/04/2022)