Cap 18 - Jantar Pt. 2

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- O que quer saber? - Pergunto após engolir.

- Muita coisa...

- Fique a vontade. - Digo tomando um gole de vinho.

- O que te trouxe a Coréia?

- O que te faz pensar que eu não nasci aqui?

- Você não age como uma coreana, em nada. - ele tem um ponto.

- A faculdade, eu curso administração e contabilidade na faculdade de Daegu.

- E sua família?

- Minha mãe morreu quando eu era mais nova, desde então, eu e meu irmão do meio moramos com meu pai.

- Sua relação com eles é boa? - Ele leva comida até a boca.

- Com todos, exceto com meu pai - Também levo comida a boca.

- Por que com ele não?

- Confusões adultas - Ele me olha esperando que eu complete - Eu não queria cursar, o que eu faço.

- O que você queria cursar?

- Música - Coloco comida na boca.

- Composição? Canto? Produção? Que área? - Ele se empolga com o tema.

- Não importa, eu não vou cursar.

- S/n, você está desistindo sem tentar?

- Suga, meu destino tava escrito desde o momento em que eu fui a primeira a nascer. - tomo um gole de vinho.

- Não acredito nessas coisas. Qual área?  - ele insiste.

- Canto e composição. - respondo relutante.

- Termina de comer. - Ele diz colocando muita comida na boca.

- Mas por que?

Ele me olha como quem dizia, "só me obedece".
E assim eu o faço.
Terminamos de comer e logo ele se levanta, vindo em minha direção. E me estendendo a mão.

- Vem comigo - Eu a pego.

Caminhamos em direção a sala, e ele para, bem de frente ao enorme piano preto no canto da sala.
Ele se senta e da um tapinha no banco, me chamando pra perto dele.

- Eu comecei a trabalhar em uma música essa semana e eu estou travado no refrão.

Ele começa uma melodia calma que logo começa a crescer.
Ele conseguia deixar um rap bom, até com um solo de piano de fundo.

- seoro jichyeotgo gateun kadeureul jwigo itneun deuthae
geureotamyeon mwo - Ele para de tocar. - Quando chega aqui eu travo. Tô travado nisso a dois dias.

- Uhm... O que acha de... All right banbokdwen shisogeim
ijeseoya kkeucheul naeboryeo hae.

- Isso tá muito bom. Você tem um raciocínio bem rápido pra quem desistiu da faculdade de música.

- Tá ok, mas e o resto?

Ele volta a tocar e completa o verso que eu comecei.
Pego o papel com a letra e faço a voz de fundo para ele.
Era uma harmonia linda de se ouvir. Nossas vozes ecoavam por toda a sala.

- Ela é incrível. Como vai se chamar?

- Seesaw.

- Gangorra.

Ele vem em minha direção e eu não tenho tempo algum de reagir.
E quando me dou conta, estamos nos beijando.
Ele me beija calmamente, colocando uma mão em minha nuca e a outra na minha cintura. Assim como havia feito no beco, no outro dia.
Eu sentia que o mundo havia parado ali mesmo, suas mãos em mim faziam meu corpo gelar, meu coração estava prestes a explodir.

Ele para de beijar para respirar fundo, mas não antes que eu pudesse morder de leve seu lábio inferior.

Ele põe a mão em meu rosto e me olha calmamente.

- Obrigada pela ajuda, pelo boné, e principalmente por essa noite incrível. Eu não me sentia assim a alguns anos.

- De nada.

Levantamos do banco e voltamos pra cozinha.
Quando chegamos lá, Suga nota seu celular tocando.

- Alô? Sim, daqui a 20 minutos - Ele fala me olhando. - Tá bem. Me ligue de novo.

Ele desliga.

- Vamos comer a torta? Ele vai te levar daqui a 20 minutos.

- Sim, é um pouco longe. - Dou uma risadinha.

Nos servimos e conversamos um pouco mais, até o celular de Suga tocar de novo. Pondo fim ao nosso jantar.
Ele me leva até porta da sua casa.

- Eu te vejo no show sexta. - Digo me virando para ir embora.

- Vamos sim, mas, eu te ligo dessa vez. Hoje foi bom demais pra não repetir.

Eu apenas sorrio e caminho em direção ao carro.
Entro no mesmo, da mesma maneira de antes.
Mas ainda sim, de maneira diferente...
















- Já tô aqui toda me tremendo lkkkkkkkkk.
Espero que estejam gostando 💜💜

Como me apaixonei por um K-idol // Imagine Yoongi (Suga)Onde histórias criam vida. Descubra agora