A vida impõe normas e regras que as vezes é tomada como "correta" pelo moralidade. Algo como se apaixonar por um sequestrador ou, talvez, uma cristã ter um fogo ardente e insaciável por sexo.
Como esconder de seus pais que não é não virgem? Que, na...
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Aquele não era seu destino!
Não era para estar ali… no fim do mundo! No maldito inferno congelado onde um pouco mais de 4 mil almas devem sofrer.
Camilla não estava feliz. Não, não mesmo!
Utqiaġvik, antigamente chamada de Barrow, é uma cidade que não combina em nada com as mensagens de belas paisagens e pontos turístico que sempre lhe foi passado do Alaska. A cidade litorânea é rodeada de gelo e pequenas casas irregulares.
E ao passar por ela, Camilla se via decepcionada com o ambiente. Foi-lhe dito que as casas eram pequenas e rústicas. Bom… não estava errado.
Mas esqueceram de acrescentar o "feias" na descrição.
Camilla tinha imaginado pequenas e organizadas casinhas calorosas para um ambiente tão frio e húmido. Em contraste com a neve e o gelo, seria o lugar perfeito para tirar belas fotografias das paisagens. Não muito movimento e acolhendo um povo simples e feliz.
Não poderia estar mais errada!
As ruas eram espaçosas e congeladas. A cidade tinha seu toque de modernidade e cor, mas todos aqueles postes elétricos, metais e irregularidades poderiam fazer seus olhos sangrarem!
Ela sequer fez menção de esconder seu descontentamento quando saiu do carro.
— Vamos, não seja tão dramática! — Ouviu Nicolas às suas costas. Em seguida, sentiu o aperto de seus braços no que seu gordo casaco permitiu. — A cidade é pequena, sim, mas não é tão feia assim.
— Sinto que o Brasil congelou — confessou.
Aquela cidade, a sua visão, parecia o Brasil, porém, sem o agradável calor e enterrada pela neve. Não havia nada de americano ali!
— Você vai se acostumar — prometeu e, em seguida, deu dois beijos arfados em sua cabeça.
Camilla forçou um sorriso sem ânimo.
E então seu namorado saiu em busca das bagagens. Camilla se sentiu mal por não poder ajudar, mas sua preguiça dava um foda-se pela situação e seu braço injessado agradecia.
De fato, teria que tentar distrair-se daquele ambiente irritantemente familiar apesar da neblina, do gelo, do frio e do idioma. Camilla é uma mulher de cidade pequena… nascida no interior da Bahia e criada no interior do Rio de Janeiro, acostumada com muros pichados, terrenos cheio de entulho, bueiro com a tampa danificada e bitucas de cigarro no chão. Sua cidade era bem feia, muito mais do que Utqiaġvik.
Sua decepção se deve às altas expectativas que formou do lugar a partir do momento em que seu namorado disse que morava no Alaska enquanto ainda estavam se conhecendo pela internet. Ela esperava belas paisagens e cidades exuberantes independente do tamanho e não uma cópia congelada do lugar de onde veio.
