C A P Í T U L O 40

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     Camilla parou

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     Camilla parou.

— Merda…

     Seu coração estava a mil. A fêmea mal sentia o frio com a adrenalina percorrendo seu corpo. E o medo instintivo…

     Seu pescoço começa a coçar.

     A mordida de Ikronyx demora a cicatrizar. Não foi como Ghryamor… que simplesmente sumiu. E naquele momento, coçava até o ponto da roupa parecer zoada com pó de mico.

— Caralho…

     Ela estava com medo.

     Lobisomens não são cachorrinhos fofinhos. Ela deveria saber. Mas agora… por que ela relaxou tanto com eles?

     Camilla quebra uma unha ao coçar o pescoço. Seus dedos saíram úmidos de sangue… e a mordida pulsava infernalmente. Ela havia feito mais do que um arranhão em sua carne. Um profundo, o suficiente para praguejar, porém, não sentiu dor alguma. Ela só conseguia pensar em uma coisa.

— O que eu faço agora? — Murmurou.

     E então saiu de dentro do carro. Foi um alívio respirar ar puro invés do fedor de borracha queimada… Camilla detonou o pneu da caminhonete quando disparou para longe das feras, tamanho era seu desespero no momento. Mas agora, mais calma e menos impulsiva, o que fazer?

     Um frio percorreu sua barriga. Ela viu a criatura branca estourar o pneu com as garras. Mas não havia percebido o quão profundo foi o arranhão. O caçador deve estar morto e se uma daquelas coisas pegá-la…

     Não, não, não! Ela negou. Eles não são apenas feras, possuem raciocínio, tem um apreço incomum. São gentis, ao menos, com ela. Porra! Camilla deu para dois deles e chupou o pau de um terceiro!

    Mas lobisomens não são cachorrinhos mansinhos e naquele momento estavam furiosos.

     A bruma tinha 2 opções: Ficar ali, no carro e aguardar. Ela seria encontrada por eles e deveria torcer para não serem agressivos… talvez pedir desculpas; ou — ela olhou para a estrada — tentar chegar até a civilização humana mais próxima.

    Camilla olhou uma última vez em direção de onde veio. Ela estranhou não estarem ali, não virem atrás… mas não cometeria o mesmo erro de achar que a deixaram.

     A fêmea optou pela segunda opção. Camilla revistou o carro e encontrou apenas alguns dólares, um mapa da região com manchas de sangue de animal e se utilizou da arma de caça. O mapa deveria ser usado pelo caçador para não se perder ao caçar e vinha acompanhado de uma bússola. Camilla não sabia exatamente o quão próximo estava Coldfoot, mas sabia que se seguir a estrada — como disse os lhycans e agora dizia o mapa — chegaria a cidade. Ao menos, ela espera que seja uma cidade.

     E estava errada.

     Camilla caminhou até seus pés doerem e sua energia se esgotar até "Pés Frios", a tradução de Coldfoot: uma parada de caminhoneiros. O lugar conseguiu ainda ser menor do que Barrow, estava congelado e havia poucos veículos à disposição.

ACASALAMENTO - LUA CRESCENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora