My Brother || Nash Grier

Capítulo - 02.

*POV ANNE*
• UMA SEMANA DEPOIS •

— Mãe, tô indo! — Gritei abrindo a porta da sala, já preparada para sair.

— Indo? Para onde, posso saber? — Ela aparece atrás de mim, os braços cruzados em frente ao peito.

— A festa a fantasia que eu lhe falei, qual é mãe?! — Só faltava ela implicar comigo, eu tinha alguns poucos amigos por aqui, e uma festa é a melhor maneira de conhecer mais pessoas.

— Ah, pensei que você ia querer ir comigo, assistir um filme na casa do Chad. — Ela diz desanimada descruzando os braços e colocando uma das mãos na cintura.

— Em primeiro, não! Em segundo, eu não quero ver o Nash. — Seguro a maçaneta da porta com força, estava perdendo tempo ali, ameaço de abrir a porta mas ela continua a falar.

— Ele nem vai estar lá.

— Mais um motivo! Ficar de vela pra vocês dois? EWW! — Faço cara de nojo.

— Filha, por que tanta implicância  com o Nash? — Mamãe segura em minha mão.

Eu não contei para ela o que aconteceu com a gente no shopping.

— Nada! Tchau, mãe! — Me solto de sua mão e finalmente abro a porta.

— Juízo! — Ouço ela dizendo antes deu fechar a porta.

Então lá vou eu, pra festa à fantasia. Estou de mulher-gata, uma calça justa preta com um rabinho, um casaco de couro, uma bota de salto fino e uma mascara com orelhas.

Quanto ao Cam? Tenho falado pouco com ele. Cameron foi super legal comigo e tudo mais, mas eu preferi me afastar um pouco deles, de todos eles. Afinal, daqui há um mês eu voltaria para California, e eu só precisaria ver eles depois de um ano.

A festa era de uma conhecida, mas quem liga? Dava pra ouvir o volume do som da esquina, estava difícil achar uma vaga pro meu carro, quase dei pulinhos de alegria quando achei.

Depois de muitos drinks, muita conversa furada com quem eu nem conhecia, a festa estava quase no fim e decidiram fazer uma brincadeira com quem sobrou, todos foram vendados e as luzes foram apagadas, então cada um tinha que achar um par, um deles ia guiar o outro para algum cômodo vazio. Todos ja estavam bêbados e toparam a brincadeira. Quando gritaram "Prontos" segurei qualquer pessoa que apareceu na minha frente, ele me guiou, me segurando quando eu quase ia caindo da escada. Ouvi um barulho de uma porta fechando e uma boca encostando na minha, e desculpem meu linguajar, mas, porra, essa pessoa beija muito bem, eu poderia beijar ela todos os dias da minha vida, até a falta de ar ter que separar essa 8º maravilha da minha boca. Ele se distanciou, e de repente a magia acabou assim que abri os olhos.

— NASH?! — Grito.

— COMO? QUEM? QUEM É VOCÊ? — esqueci o fato que eu estava de máscara, então a tirei — ANNE?

— ANNE IDIOTA VADIA BISCATE, MAS DO QUE VOCÊ ME XINGOU MESMO? — Saio de perto dele e vou para o outro lado do cômodo.

— EU NÃO TE XINGUEI DE VADIA! — Ele grita de volta.

— TANTO FAZ!

Olhei em volta, estávamos em um quarto, deitei na cama, pensando o quanto eu sou idiota. Nash se sentou do meu lado.

— Anne, me desculpa! – Ele me encarou.

— Só isso? — Ergui a sobrancelha.

— Anne, me desculpa por ser um idiota, ter te xingado de biscate, e tudo mais.

— Desculpo! — Falei me sentando e encarando aqueles olhos azuis, eu não sou de guardar rancor, principalmente bêbada, aí que eu concordava com qualquer coisa.

E quando eu percebi, lá estava eu de novo. Com os lábios colados com os dele. Quando as coisas começaram a esquentar, me desvencilhei de seus braços e levantei-me da cama, mantendo meus olhos no dele. Do quarto dava para ouvir o som abafado vindo da sala, tocava The Beatles, mordo o lábio e cantarolo a música estendendo a mão para Nash.

Puxei ele para sala, na pista de dança improvisada. Estávamos sozinhos ali.

— Dança comigo? — Pergunto segurando em sua mão.

— Não sou de dançar. — Ele da dois passos para trás.

O clássico acaba, é uma música eletrônica começa, a situação perfeita.

— Então eu danço sozinha. — Dou de ombros.

Comecei a dançar na intenção de provoca-lo. O vejo dançando enquanto andava em minha direção, se aproximando cada vez mais, e colando nossas bocas.

Eu não sei quanto tempo a gente ficou lá, mas foi muito. Quando resolvemos ir embora, já era dia.

-----------------------------
"Whoah, we danced through the night,
And we held each other tight,
And before too long I fell in love with her.
Now I'll never dance with another
Since I saw her standing there."