*POV ANNE*Eu decidi.
Não sei se era o certo.
Mas enfim.Não podia ficar longe dele, não com tamanha dependência do seu amor, do seu sorriso, seu cheiro, seus olhos, o seu toque. Não conseguia manter tamanha distancia entre dois corpos apaixonados.
Paixão essa a qual não sei se sou correspondida, ou não, mas continuo o amando.
Voltei pra casa de Nash na mesma noite.
Abri a porta, olhares confusos em minha direção, parecia que um assaltante estava entrando na casa. O olho arregalado da minha mãe demonstrava esperança, ou até mesmo fé, fé por suas orações serem atendidas, e sua amada filha estava ali, de volta. Mas não, não voltei por ela, nem pra ela. O olhar de Chad não demonstrava nada, ou eu não o conhecia o bastante para saber no que ele estava pensando. Conhecia Hayes tão pouco quanto, mas ele estava com a feição assustada, como se um fantasma tivesse aberto a porta e iria mata-lo a qualquer momento.
Me peguei parada na porta, apertando forte a maçaneta, olhando para eles, e eles me olhando de volta. Congelados, apenas o som da TV ligada fazendo barulhos.
Estatuas.
Ignorei esses olhares, e como diz a filósofa Dori: "Continue a nadar."
Larguei a maçaneta, deixando a porta escancarada. Caminhei até a escada, passos ligeiros, querendo que aqueles olhares parassem de me observar, sentia eles cravados em mim.
Subi as escadas correndo, na intenção de chegar quanto antes, para me desculpar. Os degraus pareciam ser infinito, a cada degrau que eu subia, parecia que mais dois brotavam do além.
Quando finalmente cheguei ao andar de cima, encostei no batente da porta aberta. O observava deitado na cama, com a mesma roupa de quando brigamos.
— Será que algum dia você me perdoa? — Minha voz soava tão desesperada quanto meu coração.
— Quem sabe. — Ele me parecia confuso.
Encarava o teto, tentei seguir seu olhar, para ver se daria em algum ponto. Mas me parecia que ele estava tendo lembranças, talvez sejam nossas lembranças.
— Você largaria tudo pra ir pra Califórnia comigo? — Dou dois passos para frente, cruzo os braços, tentando proteger meu coração da resposta que viria.
Ele continuou encarando o teto. Abriu a boca para responder, mas se virou para mim, olhos no fundo dos meus olhos.
— Sim. Eu largaria. — Se senta e olha para seus pés.
— Você me ama? — Caminho até ele. Seus cabelos bagunçados caídos no rosto, direcionados ao chão.
Me sento ao lado de seus pés, levo minha mão a suas bochechas gordas, e viro seu rosto para mim.
— Não sei. — Ele desvia o olhar, sem mexer a cabeça.
— Eu vou voltar hoje para California, e queria saber se... — Levo minha outra mão a sua outra bochecha, para que ele volte com seu olhar em mim.
— Se ainda estamos namorando? – Seus lindos olhos azuis agoniados se reviram em seus olhos.
— Também. Mas eu queria saber se você quer ir junto comigo? — Tento dar um sorriso calmo sem mostras os dentes, mas ficou um sorriso torto e amedrontado, como uma criança tirando foto com o papei Noel.
— Isso é sério? — Um sorriso se abre em seu rosto.
Balanço a cabeça em sinal de positivo. O seu sorriso aumenta, fazendo brotar um sorriso em meu rosto também.
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My Brother || Nash Grier
Teen FictionJuntos por um laço, mas não é a familia que os une, é o amor. Anne Cooper está passando as férias de verão na casa de sua mãe, mas o que ela não sabe é que Érica ja está de casamento marcado com Chad. E Nash não contava que iria se apaixonar pela fi...