Capítulo - 05.

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*POV ANNE*

— Anne? — Cameron pergunta surpreso ao abrir a porta da sua casa e se deparar comigo.

— É, oi. — Dou um aceno com a mão.

— Oi. — Ele sorri. — Entra!

Eu entrei e me sentei no sofá. Ele se sentou ao meu lado e ficou me encarando, tipo: "Você não vai falar nada?"

— É. Eu não lembro se já, mas eu queria te agradecer por aquele dia no shopping. Sei que Nash foi um idiota, mas você foi tão... — Fiquei procurando uma palavra na minha cabeça, tenho sérios problemas com adjetivos e a palavra 'tão' — carinhoso. Eu queria mesmo ter falado com você depois daquilo, mas eu não sei por que eu não vim aqui antes. — Ele não me interrompeu em nenhuma hora, e quando eu acabei de falar, ainda esperou um pouco pra ver se ainda tinha algo a mais.

— Ah, não foi nada. Você é uma ótima pessoa, te conheci só um dia, mas, vi algo em você, não sei. — Cam sorri meio tímido.

— Eu causo isso nas pessoas. — Joguei meu cabelo pra traz e pisquei brincando.

— E tem um ótimo senso de humor. — Diz rindo.

— Mas, enfim, vim aqui para agradecer e falar do Nash.

— O que que tem? — Seu sorriso murcha.

— Ele foi um idiota comigo? Foi, eu sei. Eu deveria ter perdoado ele? Acho que não. Mas eu perdoei? É lógico. Nash é uma ótima pessoa, e você sabe disso mais do que ninguém.

— Sim, mas, não sei. Estou bravo com ele, mas não deveria. Eu acho. Deveria ter atendido a ligação dele? — Concordei com a cabeça — Humm... Ok. Amanhã eu falo com ele.

— Já fiz o que tinha que fazer, então, tchau. — Ia me levantando quando Cam me puxou de novo para o sofá.

— Espera! Fica mais. Você ficou quase 2 semanas sem falar comigo. — Seu biquinho me convenceu.

— Ah não exagera. Mas como eu sou uma pessoa muito boazinha, eu fico aqui com você. E ai, o que vamos comer?

— Esta com fome?

— Morrendo. — Passo a mão na barriga.

—Vem, vamos jantar fora.

Ele pegou um casaco e as chaves do carro, abriu a porta pra mim, fechou depois que entrei, deu a volta e sentou no banco do motorista.

— Que gentil. Onde vamos? — Sou muito curiosa.

— Surpresa. — Cam diz dando partida.

— Ah não, me fala! Odeio surpresas. — Digo com o carro ja em movimento, com o vidro aberto, sinto o vento em meu rosto, a bagunçar meus cabelos.

— Você vai ver.

Fiz cara de emburrada e liguei o som do carro, tava passando uma musica do Shawn e eu comecei a cantar.

— LIKE OH, OH OH OH OH
SOMETHING BIG, I FEEL IT HAPPENING
OH, OH OH OH OH

Cameron ria da minha cantoria desafinada.

— CHEGAMOS. — Ele tentou gritar mais alto que minha voz.

— Oh. — Parei imediatamente, ele estacionou o carro. Era um lugar legal, acho que eu nunca tinha vindo aqui. Claro que não Anne, você vem pra Carolina um mês a cada ano.

— Vem! — Ele segurou minha mão e me puxou.

Era bem futurístico ali, tipo uma pizzaria moderna, o cardápio estava em um tablet e tinha uma parte com jogos, as paredes eram grafitadas, e eu juro que vi uma pista de skate.

My Brother || Nash GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora