Capítulo - 31.

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*POV NASH*
3 meses depois...

Anne voltou pra California. Disse para eu ficar, que meu pai precisava de mim. Mas nunca mais recebi noticias dela. Ligava todos os dias, por 90 dias, mas nunca fui atendido. Até que isto me encheu a paciência, então, peguei um avião para Santa Monica.

Não aguentava mais ficar longe dela, sem saber como ela estava. É tão difícil ficar longe de quem amamos.

Eu amo a Anne, eu a amo como nunca amei ninguém. Eu a amo tanto. 

Chegando na casa da Anne,
Adriana, a madrasta dela me contou que ela entrou em depressão. Que ela sempre foi propensa a isso. No primeiro mês apenas sabia chorar e se lamentar, nos outros 3 comia a força, e nem do quarto queria sair, e agora nem isso, ja faz 3 dias que esta no quarto sem comer nem beber. Adriana me entregou a chave reserva do quarto e disse que sabia que eu era a única salvação.

Era tão difícil imaginar Anne assim, ela sempre foi animada e radiante, não consegui ve-la nesse estado.

— Ela gosta muito de você, e me parece que é recíproco. — Adriana segura minha mão com força, olhando no fundo dos meus olhos, ela solta um riso triste.

— Claro, eu amo a Anne. Estou aqui por isto! Senti muito sua falta. — Aperto a mão dela de novo.

— Por favor, ajude-a. — Ela diz implorando, quase chorando.

Adriana me levou até o quarto da Anne, os corredores pareciam não ter fim. Eu lembrava mais o menos o caminho, ja fazia um tempo que eu não passava por ali.

Abri a porta, e vi uma cena pior do que Anne no avião indo ao encontro da morte de sua mãe. Vi ela com uns 20 quilos a menos. Anne era magra, imagina com 20 quilos a menos! Estava raquítica, apenas osso. Os olhos fundos, olheiras pretas enormes, a pele pálida, cabelos bagunçados. Aquilo me deixou irritado, irritado por não poder ajuda-la, irritado por saber que ao invés de ficar ligando, eu poderia ter vindo, e evitado que isto acontecesse.

Veio flashs a minha cabeça:
Anne com suas bochechas rechonchudas e coradas. Seu sorriso cativante. Sua beleza inigualável. O dia em que pedi ela em namoro. Ela de na praia. Como eu senti sua falta. Eu te amo tanto Anne.

*POV ANNE*

Me exclui do mundo. Me exclui de tudo e de todos que me amavam. Depois da morte da minha mãe, eu não conseguia pensar mais em nada, a não ser a briga que tivemos antes, eu poderia ter evitado tudo, poderia ter continuado com ela até o final das férias, poderia ser menos cabeça dura, mas preferi deixar meu orgulho falar mais alto, e quem escolhe o orgulho tem de aprender a viver com a saudade.

Nash me ligava todos os dias. Até que desistiu, não sei se desistiu de mim, ou não tem mais tempo para se preocupar com alguém que não se preocupa nem consigo mesma, será que ele sabia do meu estado? Eu não devo estar tão mau assim, será que estou?

Estava deitada na cama. Encarando o teto, me lembrando da minha mãe. E de repente minha porta é aberta. A claridade invade o quarto, fazendo meu olho arder, a quanto tempo eu não vejo a luz?

— Céus Anne! - Eu conhecia aquela voz. — Você está tão...

Lagrimas escorriam do meus olhos. E percebi que eu sentia falta dele. Não respondi, acho que não tinha forças para isso, então ele continuou:

— Como emagreceu. E não leve isto como um elogio. Adriana me disse que você não se alimenta nem sai deste quarto a o que? Um semana? — O tom irônico de sua voz me causou uma melancolia.

Continuava a encarar o teto, e mais lagrimas saindo do meu olho inchado.

— Anne ja faz mais de três meses que sua mãe faleceu...

Será que se eu me fingir de morta ele vai embora? Não quero me lembrar da minha mãe. Mas ele continua falando.

— Anne. É para o seu bem.

Me lembro da briga como se fosse ontem. Deixei minha mãe, pelo Nash. Porque estava apaixonada por ele. É tudo sua culpa.

— Vá embora! — junto todas minhas forças para falar com firmeza.

Ele não questiona e se cala, me levanto e o vejo virando de costas. Minha mente não quer mais saber dele, quer que vá embora e não volte nunca mais. Mas meu coração implora para que ele fique.

— Espera! — Saiu mais como um cochicho.

Ele me encara do batente da porta.

— Eu te amo, Nash Grier. — E te odeio ao mesmo tempo, complemento em meu pensamento.

— Eu tambem te amo! — Ele corre para me abraçar.

Seu abraço é fraco. Como se estivesse com medo de me machucar, com todo o cuidado do mundo, igual quando seguramos um bebê pela primeira vez, como se qualquer movimento estivesse errado e podendo o machucar.

— Você precisa comer. — Ele estende a mão para eu me levantar.

Coloco um pé, seguido do outro. Mas não tenho forças. Minha cabeça gira, e eu fico zonza. Tudo esta preto.

OI, GENTE.
VOU POSTAR A SEGUNDA TEMPORADA AQUI COMO CONTINUAÇÃO, OU SEJA, NÃO TEM MAIS 2 LIVROS, APENAS MY BROTHER.

My Brother || Nash GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora