Capítulo - 33.

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*POV ANNE*
Dois dias depois.

Fui liberada a sair do hospital, depois de três dias recebendo litros de soro e uma comida maravilhosa, estou sendo irônica. Não conseguiram descobrir o que eu tinha, a médica falou que a parada cardíaca pode ter sido causada pela falta de nutrientes no sangue ou pela batida quando desmaio ocorreu. Mas estava tudo bem na minha cabeça, e ela apenas disse para eu me alimentar corretamente.

Quando cheguei em casa; estava na minha cama, lendo um livro, escuto a porta sendo aberta, mas não tiro os olhos da minha leitura.

Tem certeza que esta bem? – Nash entra e se senta ao meu lado com uma maçã em mãos. – Tome, coma. – Ele estende a maçã até meu livro, ela estava com uma linda cor extremamente vermelha.

Estou vendo Nash hoje, depois de uns 3 dias. Ele havia ido para casa, acho que conversar com seu pai, ver se estava tudo bem ou algo do tipo.

Não, obrigada. Já comi. — Rejeito em um tom rude.

— Você tem que se alimentar.

Então ele se deitou ao meu lado na cama, e mordeu a maçã.

Foi uma longa viagem, não? Perguntei puxando assunto. Fechei o livro e me virei para ele, encarando seus olhos.

Foi, ainda mais toda papelada e tudo...

— Papelada? – Interrompo-o.

Seu pai... — Ele hesitou por um instante, mas logo continuou. — Ele me chamou para morar aqui, e bem, eu aceitei. Então fui pra Carolina pegar minhas coisas, pedir transferencia, e eu convidado para um trabalho, estou pensando no assunto.

– Hm, fico feliz por isso. — Falei em um tom mórbido.

Por que não esta realmente feliz? — Ele desfaz o mínimo traço de felicidade contida em seu rosto.

— Estou! Eu só não queria que... não queria que você mudasse sua vida por minha causa. — Levo minha mão até seu cabelo, os acariciando.

— Se você quiser eu posso ir embora. – Ele disse ja se levantando.

Não! — Falei sem pensar. – Quero dizer, eu te quero aqui comigo, e pode parecer que eu sou mesquinha, mas não quero que aceite este convite! E tenho um argumento para isto.

— Um argumento? Ele diz em tom curioso se deitando ao meu lado, novamente.

Sim! Você tem o colégio, este vai ser seu ultimo ano, e, se forme primeiro antes de fazer qualquer coisa.

— Ah, até que é válido. Mas e você? — Ele aponta seu enorme dedo para mim.

— Eu? — Não entendi ao que ele estava se referindo.

— Quando você vai voltar para o colégio? — Só dele falar isso, me lembro daquele lugar, não que a escola seja um inferno, mas o ensino médio é um inferno.

— Colegio? Não, não estou preparada pra isto. — Minha voz saí tremula e receosa.

— Preparada, Anne? Faz um mês que as aulas começaram, você tem que ir. — Seu olhar era de repreensão, o que eu achei fofo, vê-lo cuidando de mim.

— Para que? Para ficarem sentindo dó de mim? — Ficava imaginando o que poderia acontecer.

— Se você tem dó de si mesma, claro que todos os outros vão ter.

E um silêncio mortal pairou entre nós. Eu não tinha resposta para isto. Não podia chorar, tinha que ser forte, mesmo sendo minha vontade. Nash analisa suas palavras e se pronuncia depois de alguns instantes.

Desculpe... eu não quis... — Ele blefa.

Sei o que você queria. Mas, tudo bem, não me importo, você esta certo.

— Sério? — Nash faz cara de surpreso.

— Aham! Eu voltarei pra escola, mas, me de mais uma semana, não é fácil sair de uma depressão. — Dou uma desculpa idiota.

— Te dou o tempo que você quiser! Mas volte a sua vida que tanto almejava.

— Minha vida não vai mais ser como eu queria.

E o silêncio paira de novo.

Tem certeza que não quer esta maçã? - Ele lembrou da maçã, ja oxidando em sua mão.

Obrigada, só quero descansar.

— Ah ok então, vou para o meu quarto. — Ele fala todo empolgado, o que me faz rir. — Agora tenho um quarto! Seu pai é muito legal.

— Eu sei. — Ele me da um beijo na bochecha e sai.

Colégio? Vai ser um longo ano.

My Brother || Nash GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora