*POV ANNE*
Dois dias depois.Fui liberada a sair do hospital, depois de três dias recebendo litros de soro e uma comida maravilhosa, estou sendo irônica. Não conseguiram descobrir o que eu tinha, a médica falou que a parada cardíaca pode ter sido causada pela falta de nutrientes no sangue ou pela batida quando desmaio ocorreu. Mas estava tudo bem na minha cabeça, e ela apenas disse para eu me alimentar corretamente.
Quando cheguei em casa; estava na minha cama, lendo um livro, escuto a porta sendo aberta, mas não tiro os olhos da minha leitura.
— Tem certeza que esta bem? – Nash entra e se senta ao meu lado com uma maçã em mãos. – Tome, coma. – Ele estende a maçã até meu livro, ela estava com uma linda cor extremamente vermelha.
Estou vendo Nash hoje, depois de uns 3 dias. Ele havia ido para casa, acho que conversar com seu pai, ver se estava tudo bem ou algo do tipo.
— Não, obrigada. Já comi. — Rejeito em um tom rude.
— Você tem que se alimentar.
Então ele se deitou ao meu lado na cama, e mordeu a maçã.
— Foi uma longa viagem, não? – Perguntei puxando assunto. Fechei o livro e me virei para ele, encarando seus olhos.
— Foi, ainda mais toda papelada e tudo...
— Papelada? – Interrompo-o.
– Seu pai... — Ele hesitou por um instante, mas logo continuou. — Ele me chamou para morar aqui, e bem, eu aceitei. Então fui pra Carolina pegar minhas coisas, pedir transferencia, e eu convidado para um trabalho, estou pensando no assunto.
– Hm, fico feliz por isso. — Falei em um tom mórbido.
— Por que não esta realmente feliz? — Ele desfaz o mínimo traço de felicidade contida em seu rosto.
— Estou! Eu só não queria que... não queria que você mudasse sua vida por minha causa. — Levo minha mão até seu cabelo, os acariciando.
— Se você quiser eu posso ir embora. – Ele disse ja se levantando.
—Não! — Falei sem pensar. – Quero dizer, eu te quero aqui comigo, e pode parecer que eu sou mesquinha, mas não quero que aceite este convite! E tenho um argumento para isto.
— Um argumento? – Ele diz em tom curioso se deitando ao meu lado, novamente.
— Sim! Você tem o colégio, este vai ser seu ultimo ano, e, se forme primeiro antes de fazer qualquer coisa.
— Ah, até que é válido. Mas e você? — Ele aponta seu enorme dedo para mim.
— Eu? — Não entendi ao que ele estava se referindo.
— Quando você vai voltar para o colégio? — Só dele falar isso, me lembro daquele lugar, não que a escola seja um inferno, mas o ensino médio é um inferno.
— Colegio? Não, não estou preparada pra isto. — Minha voz saí tremula e receosa.
— Preparada, Anne? Faz um mês que as aulas começaram, você tem que ir. — Seu olhar era de repreensão, o que eu achei fofo, vê-lo cuidando de mim.
— Para que? Para ficarem sentindo dó de mim? — Ficava imaginando o que poderia acontecer.
— Se você tem dó de si mesma, claro que todos os outros vão ter.
E um silêncio mortal pairou entre nós. Eu não tinha resposta para isto. Não podia chorar, tinha que ser forte, mesmo sendo minha vontade. Nash analisa suas palavras e se pronuncia depois de alguns instantes.
— Desculpe... eu não quis... — Ele blefa.
— Sei o que você queria. Mas, tudo bem, não me importo, você esta certo.
— Sério? — Nash faz cara de surpreso.
— Aham! Eu voltarei pra escola, mas, me de mais uma semana, não é fácil sair de uma depressão. — Dou uma desculpa idiota.
— Te dou o tempo que você quiser! Mas volte a sua vida que tanto almejava.
— Minha vida não vai mais ser como eu queria.
E o silêncio paira de novo.
— Tem certeza que não quer esta maçã? - Ele lembrou da maçã, ja oxidando em sua mão.
— Obrigada, só quero descansar.
— Ah ok então, vou para o meu quarto. — Ele fala todo empolgado, o que me faz rir. — Agora tenho um quarto! Seu pai é muito legal.
— Eu sei. — Ele me da um beijo na bochecha e sai.
Colégio? Vai ser um longo ano.
VOCÊ ESTÁ LENDO
My Brother || Nash Grier
Teen FictionJuntos por um laço, mas não é a familia que os une, é o amor. Anne Cooper está passando as férias de verão na casa de sua mãe, mas o que ela não sabe é que Érica ja está de casamento marcado com Chad. E Nash não contava que iria se apaixonar pela fi...