"Enfermaria"

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Mattheo havia deixado bem claro para Daphne que não queria mais nada com ela depois do seu pequeno show com Brianna, também não queria que ela espalhasse boatos pela escola que os dois estavam namorando. Aquilo era ridículo de todos as maneiras, ele nunca namoraria, muito menos com ela. Mas Daphne pareceu não aceitar muito bem o "término" já que todas as noites insistia em correr até o quarto do moreno, que nos primeiros dias até cedeu, mas depois passou a recusar todas investidas da sonserina.

Daphne estava irritada, culpava Brianna por tudo que havia acontecido entre ela e Riddle. Se não fosse pela corvina e suas "mentiras", Mattheo ainda estaria com ela e Grengrass não seria obrigada a vê-lo pelos cantos de hogwarts com outras.

Já Brianna pouco se importava com Riddle ou Greengrass, a corvina agradecia a Merlin pelo castelo ser grande o suficiente para não se esbarrarem o tempo todo.

(...)

Na sala de astronomia Brianna fazia de tudo para se concentrar no que a professora Aurora Sinistra falava, mas sua cabeça doía como nunca, fazendo com que qualquer voz se tornasse um martelo em sua mente.

Poucos segundos depois do sinal tocar sinalizando o final da aula, Brianna já caminhava pelos corredores para a próxima aula, mas o barulho dos alunos apressados e barulhentos fazia sua dor de cabeça piorar.

Brooks fechou os olhos com força ao sentir outra pontada na cabeça, apenas o suficiente para aliviar aquela dor, mas também foi o suficiente para que ela tropeçasse em uma pequena elevação no chão, fazendo a corvina praticamente beija-ló

Todos no corredor explodiram em risadas enquanto Bree estava no chão, ela havia batido com o rosto e um pequeno corte havia se formando em sua testa. Brianna ergueu o olhar e percebeu que ninguém, absolutamente ninguém a ajudaria, bom, ela não esperava menos que isso.

Seus braços doíam e seus joelhos estavam ralados, Brianna se ergueu sentido os machucados arderem, ela estava pronta para se apoiar na parede mas uma mão a envolveu pela cintura dando o apoio que a corvina precisava.

— Belo tombo Brooks... — Ethan disse colocando a mochila da corvina em seu ombro. — Venha, vamos para enfermaria.

— Obrigada, mas estou bem. — Respondeu sentido seus joelhos protestarem de dor.

— Sua testa está sangrando e seus joelhos estão ralados como os de uma criança que se machucou andando de bicicleta. — Ethan respondeu de maneira divertida. — Vamos logo...

— Eu posso cuidar disso, preciso ir para aula... — Brianna puxou sua mochila e se desvencilhou do corvino.

Ethan apenas sorriu vendo Brianna dar os dois primeiros passos lentos e sem firmeza, as mãos da corvina procuraram a parede enquanto ela continuava caminhando.

"Teimosa" — Ethan pensou.

— Você que pediu... — O corvino disse indo até Bree e a puxando para cima dos ombros.

Brianna bateu com os pés enquanto as mãos de Ethan segurava suas coxas. O quão humilhante estava aquela cena? Ela não era uma criança para ser carregada.

— Ethan! Me coloque no chão, agora!

— Eu vou... — Ele disse caminhando com Brianna pendurada em seu ombro pelo corredor. — Assim que chegarmos à enfermaria.

Brianna se debatia mas de nada adiantava, sentia todos olhares sobre os dois e suas bochechas coravam de vergonha.

— O que está acontecendo aqui? — Annabeth pergunto se juntando ao lado de Ethan que ainda carregava Brianna.

— Annabeth, mande Ethan me soltar. — Brianna pediu.

Anna apenas sorriu, olhando para Ethan, ela sabia que se o corvino estava fazendo aquilo era devido a teimosia da corvina e algo havia acontecido, principalmente pelo machucado na testa da amiga.

— Hall? Por que você está carregando Brianna como uma mochila por aí? — Annabeth segurou a risada.

— Sua amiga se recusou a ir até enfermaria, pergunte a ela sobre o beijo que ela deu no chão...

Annabeth olhou para Bree com os olhos arregalados.

— Estou bem. — Brooks resmungou. — Annabeth, me tire daqui!

Collins parou de caminhar, deixaria que Ethan a levasse até a enfermaria para cuidar dos seus machucados.

— É para o seu bem, vejo você daqui a pouco...

— Eu odeio você... — Brianna resmungou vendo a amiga sorrir.

Ethan continuava caminhando e já estavam próximos a enfermaria, Brianna usava uma saia e para sua infelicidade estava sem meia calças naquele dia, apenas com uma meia três quartos em sua panturrilha.

— Ethan... — Bree o chamou sentido as bochechas queimarem. — Minha saia...

— O que tem sua saia? Estamos chegando. — Respondeu o corvino sorridente.

— Minha saia está subindo... — Sussurou. — Eu... eu não consigo arrumar.

Ethan virou o rosto para a saia da corvina e Brianna lhe deu um tapa nas costas.

— Não olhe para minha bunda.

— Desculpe. — Ethan sorriu. — Posso?

— Sim...

Uma das mãos de Ethan saíram das coxas da corvina para puxar a saia, foi um movimento rápido mas que fez com que Brianna sentisse vontade de se enterrar em um buraco. Quantas pessoas haviam visto sua bunda antes que ela se desse conta de que a saia havia subido?

Céus...

— Mas o que está acontecendo aqui? — Madame Pomfrey perguntou assim que os dois entraram pelas portas da enfermaria.

— Acho que você já pode me por no chão Ethan. — Brianna resmungou, umas das mãos de Ethan ainda segurava a saia da corvina.

Hall por fim pós Brooks no chão, mas sem deixar de apoiá-la pela cintura.

— O que houve com você querida? — Pomfrey perguntou observando o corte na testa da garota.

Brianna iria responder, mas seus olhos foram até as últimas camas da enfermaria, onde duas pessoas a olhavam com expressões diferentes.

Mattheo encarava a corvina como se ela fosse algum tipo de ser de outro planeta, com a mesma expressão de poucos amigos de sempre. Já Draco a encarava sorrindo, com os olhos azuis brilhando. Cada um estava em uma cama, e em outras haviam alguns grifinórios e a julgar pelas roupas que vestiam, algo havia acontecido no jogo de quadribol.

— Eu...não foi nada.

— Ela caiu. — O garoto ao seu lado respondeu e Brianna sentiu vontade de matá-lo.

Pomfrey sorriu e caminhou até o final da enfermaria, chamando Brianna para acompanhá-la.

— Você fez certo em trazer sua namorada até aqui rapaz... — A mais velha disse enquanto apontava para uma cama vazia.

Bree abriu a boca para corrigi-la, mas a mulher colocou algo em sua testa que a fez morder os lábios de dor.

— Agradeça seu namorado, esse corte não está nada bonito querida...

A palavra namorado pareceu ter atraído o olhar de todos para os dois corvinos.

Bree se remexeu desconfortante pelos olhares, costumava ser tão comum os associarem como namorados antes, já que eles realmente eram. Mas agora, parecia tão estranho.

Nenhum dos dois disse nada, nenhum dos dois corrigiu Pomfrey, talvez não tivessem coragem para fazer aquilo, mesmo depois de tanto tempo.

I lie for two - Mattheo Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora