Capítulo V.

564 45 11
                                    

"Maturidade tem mais a ver com o tipo de experiência que você teve na vida, do que com quantas velas você apagou."




A única solução com lógica.

— Quer direito de visita? Custódia conjunta? Apenas me diga o que diabos você quer e deixe a mim e ao meu filho em paz!

— NOSSO FILHO! — ele quase gritou e Elisa pode observar as veias saltadas no pescoço. Um claro aviso de que; ele estava a um passo de explodir.

Taehyung respirou fundo com força, quando as palavras de Elisa confirmaram que Lucca Balfour era realmente seu filho.

Tinha um filho, um garotinho lindo, de cabelos pretos, olhos azuis com quase 4 anos de idade.

O Kim se deixou cair abruptamente em uma das poltronas e olhou, sem ver, para o tapete com desenhos florais enquanto absorvia a enormidade de sua descoberta.

Em seus 26 anos de vida, Taehyung pensou vagamente no dia em que teria um filho nos braços. Os primeiros 22 anos de vida tinham sido gastos num redemoinho de decadência e autoindulgência excessiva, e nos últimos três e meio ficou ocupado demais reconstruindo o império dos Kim para pensar qualquer coisa.

A ideia de um casamento era apenas uma coisa abstrata a ser considerada em um futuro distante, depois que soubesse com certeza absoluta, que a riqueza e o prestígio do império dos Kim tinham sido restaurados.

Descobrir que tinha um filho, um filho chamado Lucca que jamais viu e nem carregou nos braços, era apenas inacreditável. Quase.

Taehyung ergueu os olhos frios para Elizabeth Balfour, que, em pé no meio da sala de estar, olhava para ele com medo e cautela. Tinha toda certeza de se sentir amedrontada e cautelosa.

Mesmo agora, era difícil acreditar que essa mulher, a mesma que passou a noite toda fazendo amor, era mãe de seu filho. Que seus seios haviam se tornado maiores em preparação para o nascimento do bebê. Que sua barriga havia crescido e que sentiu enjoos durante a gestão.

Teria o alimentado? Teve medo de dar o primeiro banho? A primeira palavra, qual teria sido?

— O que acha eu que quero, Elizabeth? — Taehyung sequer conseguia encara-la depois de tudo — Descubro que tenho um filho de quase quatro anos e você acha que eu não quero nada? Que tipo de pessoa você acha que eu sou?

Elisa engoliu em seco ao sentir a ameaça no tom de voz do Kim.

— Eu não faço ideia de que tipo de pessoa você é, Taehyung, — Como cada parte dela gritava de medo ao perigo que sentia no corpo imóvel e na frieza dos olhos impiedosos de Kim Taehyung. — Agora, você certamente está sendo um idiota grosso e frio.

Mas era tarde demais para até mesmo tentar evitar o confronto. Precisava lidar com o aqui e o agora.

— Certo, farei o que você quiser, Taehyung, considerando que, se com o que quiser puder evitar arrastar Luc para uma batalha sangrenta e pública pela custódia. — Luc, então esse era o apelido do seu garotinho.

— O que você tem que eu poderia querer? — Ele finalmente voltou a olhá-la — Você não tem nada que eu queria. A não ser o meu filho.

— Pare com esses malditos joguinhos, Taehyung! E apenas me diga o seu preço!

— Então você acredita que todos têm um preço?

O pai dela certamente acreditava... pelo menos, no que dizia respeito aos negócios.

ʜᴇɪʀ ᴏғ ᴛʜᴇ sᴇᴄʀᴇᴛOnde histórias criam vida. Descubra agora