Capítulo II.

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"Sem adaptações, concessões e comunicação, não há como um relacionamento sobreviver."





A tatuagem.

— Então, signorina, parece que encontrou tempo em sua agenda absurdamente ocupada para relaxar um pouco. Que interessante...

O coração de Elisa pulou apenas com o som daquela voz sexy e familiar e se sentiu grata pelos óculos de sol que lhe escondiam a expressão dos olhos quando olhou para cima e viu Taehyung em pé, ao lado dela.

Esperava ter um pouco de paz enquanto se deitava sobre uma toalha na areia da praia particular diante do hotel.

Mas obviamente não teria aquela paz.

O homem era lindo. Decadentemente, maravilhosamente, indecentemente, letalmente lindo.

Taehyung tinha sido vital e excitantemente lindo quando Elisa o conheceu anos atrás, mas o calção negro que tudo o que usava agora mostrava maior rigidez nos contornos magros e musculosos do corpo.

A pele era da quase da mesma cor de mogno, mas os ombros eram mais musculosos. Ventre achatado; os quadris eram estreitos e as coxas poderosa. O calção de banho parecia se enfatizar e não esconder aquela protuberância denunciadora entre as coxas espetaculares e que Elisa uma vez conheceu muito bem...

Ela se sentou abruptamente, sua maneira defensiva enquanto erguia o rosto dele de um olhar hostil por trás dos óculos escuros.

— Não acredito nisso! — Riu irônico e totalmente sem humor — Está me seguindo?

Na verdade, não sabia que ela estava na praia quando decidiu dar um mergulho antes da reunião daquela tarde.

Mas, enquanto procurava um lugar para deixar a toalha na areia quente, viu o conhecido loiro aperolado. Taehyung não foi capaz de resistir ao impulso de se aproximar, talvez para aborrecê-la mais um pouco? Ficava tão linda quando brigava com ele.

O terninho preto e a blusa de seda branca não lhe faziam justiça, percebeu Taehyung, a pele nua e bronzeada era de um ouro pálido, o biquíni abraçando seus seios lindos e cheios, a tira que caia pela parte de trás destacava sua cintura fina e a barriga tonificada sobre as curvas atraentes dos quadris e das longas e belas pernas.

— E se eu estivesse seguindo você? — provocou. — O que você faria?

— Então eu realmente teria que denunciar sua perseguição á administração do hotel. — Franziu a testa.

— Por favor, sinta-se á vontade para fazer isso — disse Taehyung, enquanto se sentava na areia ao lado dela.

O fato de que ele parecia tão despreocupado com a ameaça mostrou a Elisa que, de alguma forma, estaria perdendo seu tempo se fizesse a queixa.

Assim como uma sensação de pânico também lhe mostrou que estava dolorosamente consciente da rija promessa do corpo quase nu de Taehyung, tão perto do dela que suas coxas quase se encostavam.

Tão perto que podia sentir o calor que emanava do corpo dele. Tão perto que podia sentir seu delicioso cheiro. Tão perto que podia facilmente estender a mão e tocar uma daquelas coxas. Fechou os dedos com tanta força, no esforço de não fazer exatamente aquilo, que suas unhas lhe feriram as palmas.

— O que quer? Certamente há muitas mulheres dispostas neste hotel para não precisar perseguir a única que não está interessada em você. — Elisa não deixou de perceber os olhares lascivo de muitas mulheres em direção ao Kim desde que se juntou a ela. — Ou é o desafio que lhe agrada? A rejeição não é suficiente para o seu ego?

ʜᴇɪʀ ᴏғ ᴛʜᴇ sᴇᴄʀᴇᴛOnde histórias criam vida. Descubra agora