capítulo 31.

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Madelaine Petsch pov.

- mãe, precisamos conversar. - me sentei ao lado da mesma e ela me olhou com a sobrancelha arqueada.

- aconteceu alguma coisa? - perguntou meio preocupada.

- não, é sobre outra coisa... - murmurei cabisbaixa e ela me olhou séria. - eu não sei se lembra, mas eu terminei com o travis.

- eu sei, me lembro disso. fico triste por você. - minha mãe pegou na minha mão e eu balancei a cabeça.

- só que eu terminei com ele, porque ele me traiu. - falei e minha mãe me olhou incrédula. - calma, tem mais. eu também o traí.

- filha!! - exclamou séria e eu suspirei pesado.

- eu sei, mãe... acontece, que eu não sabia que eu poderia acabar gastando tanto dessa pessoa e agora nós estamos meio que...

- namorando? - me interrompeu e eu assenti fraco. - se você gosta mesmo dele, não sou eu que vou impedir.

- esse que é o problema. - murmurei e ela me olhou sem entender. - não é ele.

- oh... é uma menina? - perguntou e eu assenti. - não tem problema algum nisso, meu amor. eu te apoio, você sabe disso.

- ela é a minha professora de química. - falei rápido e fechei fortemente os olhos, mas ao abri-los, percebi que minha mãe queria rir de algo. - do que isso tem graça?

- você está namorando uma mulher bem mais velha que você e que ainda é a sua professora de química? - riu alto. - desculpa, filha. mas realmente não teve como não rir.

- tem mais, mãe...

- mais? - perguntou surpresa.

- é... ela é intersexual. espero que não seja um problema... - falei nervosa e ela segurou a minha mão, um pouco mais forte.

- olha, eu confesso que é uma surpresa e tanto para mim, também confesso que é difícil acreditar e que vai ser meio difícil o que vocês duas vão ter que enfrentar, mas se você está feliz, eu não posso impedir você, não posso te dar um castigo ou fazer algo do tipo, porque não vai adiantar. - murmurou e eu a olhei meio confusa. - e você já tem quase dezoito anos, já sabe o que quer fazer da sua vida. mas só para relembrar, quero conhecê-la.

- você já conhece, não? - murmurei, brincando com a barra da minha camisa. - é aquela professora que uma vez te chamou na escola para falar sobre as minhas notas.

- ah, sim. bem que eu poderia ter estranhado, ela te elogiou muito. - brincou e eu corei.

- obrigada por me apoiar, mãe. - abracei-a forte e ela sorriu enorme.

pronto... pelo menos uma parte está concluída! travis não pode armar nada, se a minha mãe já sabe de nós duas.

saio em passos rápidos da sala e vou direito para o meu quarto. ligo para vanessa e no segundo toque ela atende.

- oi, tudo bem? - murmurou e eu sorri pela sua animação.

- estou bem e você?

- também estou, mas estou mais com saudades.

- hum. também estou. - dei um sorriso bobo para mim mesma.

quando que eu aprendi a ser tão idiota por ela assim?

- tem alguma novidade? - vanessa voltou a se pronunciar.

- tenho, por isso te liguei. - me joguei na cama.

- eu sabia, você não é de nome ligar assim do nada. - riu meio alto e eu fiz uma cara de ofendida, até mesmo como se ela pudesse me ver.

- ei, me senti ofendida, bom? - brinquei e ela parou de rir. - eu conversei com a minha mãe sobre nós duas...

- é sério? então, ela sabe? - perguntou e pude perceber bastante animação no seu tom de voz.

- sim. - ri baixinho.

- mads... por que não me esperou? queria estar com você. - falou meio baixo dessa vez e eu dei de ombros.

- eu sei, baby. mas eu tinha que ter essa conversa com a minha mãe, sabe? só eu e ela... queria contá-la logo, para que não houvesse chances de alguém contar antes de mim.

- alguém, você quer dizer travis, hm? - murmurou e eu bufei. hesitei um pouco antes de responder, mas acabei cedendo.

- sim. olha , não para simplesmente fingir que não vai acontecer nada, por ele ter ficado quieto nesse tempo, eu sei que ele ainda vai aprontar alguma.

- tudo bem, você está certa. - vanessa finalmente cedeu e eu sorri fraco, ainda achando que ela pudesse estar vendo de alguma forma. - eu só não vou permitir que ele faça algo com você.

eu confesso que vanessa dizendo isso, não me cheira a algo bom, apesar de que eu me sinta segura com ela, e sei que ela realmente não vai deixar nada de ruim acontecer comigo...

eu também sei que isso significa que pode dar muito errado, e eu não quero vê-la machucada nisso tudo, ainda mais por mim.

- não quero que se machuque por mim. - respondi, depois de alguns minutos.

- não vai ser por você, e sim por ele. eu não quero nem pensar nessa possibilidade, porque se ele fizer algo contra você, eu sou capaz de fazer algo pior, bem pior, e com as minhas próprias mãos...

minha professora que manda - madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora