Capítulo 5

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Horas depois, Lucero estava deitada de cabeça para baixo na cama, pensando em Manuel. Tudo tinha começado a desandar assim que o conheceu, ela sentiu algo diferente dentro de si que nunca tinha sentido com ninguém, nem mesmo com alguns dos seus antigos namorados que ela jurava ter amado. Mas apesar de querer estar perto dele, sua razão gritava o tempo todo para ela fugir, não era certo sentir algo tão intenso por alguém que tinha acabado de conhecer, era estranho gostar tanto até dos beijos técnicos de um desconhecido. Cansada de tanto pensar, Lucero se levantou e tomou um banho demorado, vestindo um biquíni azul e uma saída de banho da mesma cor, pegando o óculos de sol e saindo do quarto. Ela tinha visto uma piscina por ali e resolveu dar um mergulho mesmo correndo o risco de encontrar Manuel. Logo chegou à piscina e se sentou na borda depois de tirar a saída de banho, colocando apenas seus pés na água, se inclinando para trás e colocando o óculos, se deitando no chão mesmo e fechando os olhos, tentando esvaziar seus pensamentos. A mulher amava o contato com a água e a natureza, isso sempre a ajudava a manter a serenidade. Manuel também tinha saído do trabalho há pouco tempo, não tinha parado de pensar em Lucero nem um minuto, todas as músicas românticas do seu disco tinham sido cantadas para ela ainda que ela não estivesse presente. Ele olhava pela janela do seu quarto que dava para a piscina até perceber umas belas pernas cobertas pela metade pela água, então ele não pensou nem duas vezes em trocar sua roupa por um calção de banho e correr até lá. De repente, Lucero sentiu fazerem sombra em seu rosto e abriu os olhos, se sentando rápido ao ver que era Manuel.

− Desculpa, eu não queria ter invadido assim sua casa sem permissão. – Lucero começou a procurar sua saída de banho.

− Imagina, pode ficar à vontade. Posso te fazer companhia? – Manuel se sentou ao lado de Lucero, também com os pés dentro da água.

− Claro, a casa é sua. – Lucero deu de ombros. – Mas eu já estava de saída. – ela continuou procurando sua roupa.

− Não, fica. Eu quero falar com você. – Manuel segurou a mão de Lucero.

Lucero encarou sua mão unida a de Manuel e seu coração disparou. O que ela mais temia estava acontecendo, a vida estava tratando de deixá-la próxima a ele outra vez.

− O quê? Algum problema com o clipe? – Lucero engoliu o seco, mas não conseguiu se soltar de Manuel, pois algo a prendia a ele.

− Não, só vamos saber sobre o clipe amanhã cedo, mas o Marcelo já adiantou que acha que está tudo certo. – Manuel falou e Lucero assentiu. – Eu quero falar sobre a gente mesmo. – ele falou sério.

− Não existe a gente, Manuel. – Lucero finalmente se soltou de Manuel e desviou o olhar.

− Claro que existe, Lucero, não finja para si mesma. – Manuel virou o rosto de Lucero para encará-lo. – Você sabe tão bem quanto eu que está acontecendo algo entre a gente, algo muito forte que eu não entendo o que é.

− E por que você acha que eu entendo? – Lucero perguntou nervosa.

− A única coisa que eu acho é que devemos procurar entender isso juntos. – Manuel segurou o rosto de Lucero novamente, acariciando-o com o polegar.

Era esse o medo de Lucero, ficar com Manuel e transformar aquele sentimento de atração em algo mais intenso.

− A gente mal se conhece. – Lucero se levantou e ficou de costas para Manuel.

− Por isso mesmo podemos ir com calma ao mesmo tempo em que aproveitamos esse sentimento bonito que está nascendo nos nossos corações. – Manuel também se levantou e voltou a segurar a mão de Lucero, ficando de frente para ela.

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