Capítulo 10

292 11 0
                                        


À NOITE

Lucero estava pronta para o jantar na casa da mãe de Manuel. Ela usava um vestido verde e longo depois de provar várias roupas, procurando a ideal para conhecer a sogra. Daquela vez, ela não soube o que lhe deu que a fez usar o seu colar de coração, lhe dando um ar mais de menina, apesar da roupa elegante que usava. Seu namorado já conhecia a história daquele colar, pelo menos a parte que ela também sabia, além dela já ter desistido e entregado ao universo a hora de entender se de verdade tinha alguma coisa mística por trás dele, simplesmente decidiu seguir o coração e colocá-lo como um acessório qualquer. Lucero esperava Manuel chegar sentada no sofá e no horário marcado, ele tocou a campainha, a qual ela correu para abrir, sorrindo instantaneamente ao vê-lo.

− Boa noite. – Manuel sorriu.

− Boa noite.

− Você está linda. – Manuel segurou a cintura de Lucero e se aproximou, cheirando seu pescoço.

− Amor! Eu sempre fico arrepiada. – Lucero riu, se encolhendo.

− Mas eu já disse que sou apaixonado por esse pescoço.

Lucero riu, negando com a cabeça.

− Vamos logo, não quero chegar atrasada para conhecer minha sogra. – Lucero falou empolgada e Manuel riu. – E a propósito, você também está muito lindo. – ela sorriu, acariciando o rosto de Manuel.

Manuel deu um beijo rápido em Lucero e saíram de mãos dadas até o carro dele. Somente quando eles estavam acomodados, ele percebeu o colar no pescoço de Lucero.

− Você está usando. – Manuel falou surpreso, passando a mão no colar.

− É, eu não sei porque me deu vontade de usar, mas estando com você, não tem perigo de eu perder, não é? – Lucero sorriu.

− Claro que não, meu amor. – Manuel beijou a mão de Lucero.

Lucero alargou o sorriso e finalmente Manuel saiu com o carro, dirigindo calmamente. A mulher resolveu ligar o som baixinho e coincidentemente estava tocando a música que os dois gravaram juntos, fazendo-os rirem.

− Pelo visto nossos fãs não cansam de ouvir nossa música. – Manuel falou divertido.

− Ao menos a aprovação de boa parte das pessoas que nos amam, nós temos. – Lucero riu.

Manuel também riu e eles seguiram o resto do caminho cantando alto e dançando. Era incrível como Lucero conhecia quase todas as músicas do momento, mas principalmente era impressionante a forma como ela fazia Manuel se sentir, a coisa mais simples do mundo ao lado dela se tornava especial. Quando eles menos esperaram, chegaram à casa da mãe dele, era um lugar bonito, com um jardim amplo e portões brancos. Foi quando o carro parou e eles desceram que Lucero voltou a ficar nervosa, fazendo Manuel segurar sua mão.

− Amor, fica tranquila que ela vai adorar você, eu tenho certeza. Eu jamais traria você aqui se não soubesse que você seria bem recebida. – Manuel riu.

− É que eu nunca conheci a família de nenhum namorado antes. – Lucero forçou um sorriso.

− Porque essa é a única família que você vai entrar de verdade futuramente. – Manuel sorriu.

Lucero retribuiu o sorriso ainda nervosa e Manuel a puxou para passarem pelo portão e ele tocou a campainha. Poucos segundos depois, a porta se abriu com Pilar, a mãe de Manuel, sorridente do outro lado. Ela era uma mulher muito bonita, ruiva e Lucero até se surpreendeu, pois esperava alguém com a aparência mais velha, Pilar parecia mais irmã do que mãe do seu namorado.

O Poder Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora